Nos últimos tempos, muito se tem falado sobre as possíveis consequências da Inteligência Artificial (IA), especialmente desde a explosão do ChatGPT neste ano. Uma das indústrias que mais tem sido vista como potencialmente afetada negativamente pela tecnologia é a de publicação digital, que está em constante evolução. Editores como BuzzFeed, BridgeTower Media, Forbes, Ingenio e Trusted Media Brands já estão experimentando a IA e lançando forças-tarefa para testar a tecnologia.
A BridgeTower Media destaca a capacidade da IA de melhorar a otimização de mecanismos de pesquisa e produzir uma qualidade mais alta em menos tempo. No entanto, é importante lembrar que o uso da IA na publicação digital precisa ser abordado com cautela e pode ser delicado. Empresas como CNET e BuzzFeed já experimentaram o uso da IA, com resultados mistos. Ainda assim, a Associated Press e a CNBC estão entre aquelas que já usaram IA para relatar rapidamente relatórios trimestrais de ganhos ou notícias de última hora.
Os editores estão criando grupos de trabalho compostos por funcionários de vários departamentos para testar e criar diretrizes em torno do uso da IA, enquanto identificam possíveis produtos de IA para desenvolver. A ética, qualidade e segurança em torno do uso da IA também estão sendo investigadas. À medida que a indústria de publicação digital continua a se adaptar às mudanças tecnológicas, é provável que a IA desempenhe um papel cada vez mais importante e influente.
Além disso, as inovações em inteligência artificial também têm o potencial de mudar o cenário do marketing. Embora não seja provável que a tecnologia vire a indústria da Big Tech de cabeça para baixo, é possível que vejamos uma corrida entre os principais players do mercado para determinar qual conjunto de ferramentas de IA se tornará comum entre os profissionais de marketing. Abaixo estão cinco gráficos que mostram o estado atual da inteligência artificial generativa no marketing.
1. Bing da Microsoft e Bard do Google: batalha pela busca impulsionada por IA
A Microsoft, através do Bing, e o Google, com o Bard, estão em uma competição acirrada pela liderança na busca impulsionada por inteligência artificial. Nesse processo, ambas as empresas estão priorizando a velocidade em detrimento da precisão. Embora a Microsoft tenha tido uma vantagem inicial, o Google parece estar à frente, já que a plataforma representará mais da metade (53,9%) da receita de anúncios de busca nos EUA este ano, em comparação com apenas 5,2% da Microsoft, conforme nossas previsões. Independentemente do vencedor dessa batalha de xadrez, tanto os editores quanto os anunciantes podem enfrentar dificuldades se a busca baseada em chatbots substituir a visita direta aos sites.

2. Os consumidores estão prontos para a busca por IA
Apesar de haver um interesse considerável (49%) dos adultos americanos na busca impulsionada por IA, de acordo com a Morning Consult, uma pesquisa da Ipsos revelou que cerca de 31% dos adultos americanos não confiam nos resultados fornecidos por essa tecnologia. Esse dado destaca a importância de empresas como a Microsoft e o Google em equilibrar a velocidade e a precisão em suas plataformas de busca, a fim de conquistar a confiança do público.

3. Preocupações dos consumidores em relação à escrita de conteúdo por IA
Segundo a Ipsos, líder global em pesquisa de mercado, cerca de 3 em cada 5 adultos americanos acreditam que a inteligência artificial generativa pode ser útil para economizar tempo e recursos no trabalho. Diante disso, os profissionais de marketing têm a oportunidade de utilizar essa tecnologia para brainstorming, criação de rascunhos iniciais e produção de descrições de produtos em grande escala. No entanto, é importante ter cautela ao atribuir a inteligência artificial generativa um papel no atendimento ao cliente, já que 47% dos adultos americanos não acreditam que a IA possa superar o trabalho humano.

4. Investimentos em inteligência artificial generativa aumentam significativamente em três anos
Nos últimos anos, houve uma explosão no financiamento para tecnologia de inteligência artificial. Há apenas três anos, os capitalistas de risco dos EUA investiram modestos US$200 milhões nessa área, mas no ano passado esse valor cresceu para US$1,4 bilhão, conforme relata a PitchBook. Entre os projetos que têm recebido destaque estão o ChatGPT, o Dall-E, o Midjourney e o Jasper. Muitos desses sistemas estão se unindo a empresas da Big Tech, o que sugere que a inteligência artificial generativa provavelmente se tornará mais prevalente no próximo ano, especialmente na área de marketing.

5. Profissionais de tecnologia dos EUA planejam aumentar investimentos em IA apesar da crise econômica
Cerca de 63% dos profissionais de tecnologia dos EUA planejam aumentar ou manter os gastos com IA devido às condições econômicas atuais, de acordo com a Verta. Apesar das demissões e da queda nos gastos com anúncios, os profissionais de tecnologia podem estar se concentrando no potencial de economia de dinheiro do aumento da automação em vez dos custos a curto prazo. A inteligência artificial pode ajudar as empresas a automatizar tarefas e processos repetitivos, além de melhorar a eficiência e a precisão em várias áreas, desde a análise de dados até o atendimento ao cliente. Além disso, o aumento do investimento em IA pode levar a um maior desenvolvimento e inovação na área, o que pode trazer benefícios a longo prazo para as empresas que adotam essa tecnologia.
