Sobre muros e o fim dos cookies

Publicado originalmente no LinkedIn de Henrique Makauskas, Co-Founder and CTO na Zmes Cartoon by Tom Fishburne

Novamente estamos nos aproximando do fim dos cookies, com o anúncio do Google sobre o adiamento para o final de 2024. No ano passado, Google, Meta e Amazon foram responsáveis por 74% dos gastos globais com anúncios digitais, o que representa 47% de todo o dinheiro gasto em publicidade.

Os profissionais de marketing continuam investindo mais nessas plataformas conhecidas como “walled gardens”, que tem seu ecossistema fechado e cujos preços continuam subindo. No entanto, essa estratégia tem trazido menos informações e menor compreensão sobre seus clientes, dado que as campanhas e interações dentro desses ecossistemas não são disponibilizadas e eventualmente vinculadas ao CRM da marca ou qualquer outro banco de dados. E provavelmente esses muros vão ficar ainda mais altos com o fim dos cookies.

É comum ainda ver grande parte ou se não o total da verba de marketing digital ser alocada a esses canais, mas a tendência para os próximos anos é que a diversificação aumente significativamente. À medida que novos canais surgem no cenário digital como retail media, CTV e outras dezenas de plataformas que estão reavaliando suas estratégias de dados primários à luz da próxima descontinuação de cookies de terceiros e as fronteiras são redesenhadas, os profissionais de marketing não podem continuar jogando o mesmo jogo e esperar obter resultados eficazes ou até satisfatórios.

Não podemos esquecer também da internet aberta, que é qualquer propriedade, site ou aplicativo online que não seja de propriedade de uma grande empresa, como Meta, Amazon ou Google. Uma pesquisa de 2020 do The Harris Poll, encomendado pela OpenX no mercado americano demonstrou que 66% das pessoas passam seu tempo online fora das “walled gardens”.

Como você está se preparando para esse momento? Está preparado para começar a testar novos caminhos e aprender com tantas novidades que estão vindo por aí?

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