Volta às aulas 2022 impulsionam o varejo

De acordo com pesquisa da Tinuiti, 30,3% dos pais norte-americanos disseram que já estavam planejando fazer compras online para suas necessidades de volta às aulas, com outros 8,1% planejando aproveitar a retirada em loja

A experiência figital parece ter vindo para ficar: de um lado, a explosão das compras online, o ensino híbrido e aumento do tempo de tela dos smartphones; de outro, o consumidor que espera voltar às lojas e a volta ao ensino presencial em 2022.

Com a vacinação dos estudantes, as escolas estarão prontas para receber os alunos, mesmo com protocolos sanitários. Será necessário ter um plano para recuperação das perdas de aprendizagem, ao mesmo tempo em que a necessidade de revezamento é analisada.

Além disso, a aceleração tecnológica ocorrida com a pandemia deve ser definitiva e se consolidar em 2022. Com isso, é esperado forte crescimento no setor de eletrônicos, além de aumento nas vendas dos materiais escolares.

Já nos EUA, uma pesquisa da Deloitte descobriu que a maioria dos clientes planeja ir às lojas físicas para as compras de itens do período de “volta às aulas”.

Nos EUA, a volta às aulas impactam a categoria de vestuário e acessórios

De acordo com dados da Deloitte, divulgados pelo eMarketer, cerca de 38% dos US$ 32,5 bilhões de gastos com itens de volta às aulas este ano serão em roupas e acessórios. Além disso, a Sensormatic Solutions descobriu que 70% dos usuários de internet dos EUA entrevistados em junho previram gastar mais em roupas enquanto compram na temporada de volta às aulas, o que acontece em junho no país.

Vale ressaltar também que dos US $ 32,5 bilhões que os pais norte-americanos vão gastar em compras de volta às aulas neste ano, US$ 2,9 bilhões irão para itens relacionados à pandemia, como desinfetante para as mãos e móveis para espaços de aprendizagem em casa.

Esses produtos, junto com a categoria coletiva de tecnologia, terão um aumento de gastos de cerca de 40%, enquanto os gastos com roupas e acessórios cairão pelo segundo ano consecutivo.

As mochilas e bolsas também devem representar aumento nas vendas, já que quase 40% disseram que esperam gastar nesses itens, número que pode cair se os pais esperarem para ver qual será o destino do aprendizado pessoal para seus filhos.

No Brasil, o uso do uniforme em educação infantil e de adolescentes não deve oferecer esse aumento em roupas e acessórios, apenas em calçados, mochilas e materiais de escritório e papelaria.

Lojas físicas devem se preparar para receber consumidores

Para os consumidores americanos, as compras em lojas físicas deverão ser priorizadas. Quando pesquisados ​​por Tinuiti em março deste ano, 30,3% dos pais americanos informaram que já estavam planejando fazer compras online para suas necessidades de volta às aulas, com outros 8,1% planejando aproveitar a retirada em loja.

Com a incerteza em torno da variante Delta, o número de compradores pode variar de acordo com as taxas de contaminação e internações relacionadas ao coronavírus.

4 insights sobre a volta às aulas em 2022

Lojas especializadas tem vantagem

De acordo com o eMarketer, a preferência pelas compras físicas nos EUA tem a ver com o fato de todos os itens da lista de materiais escolares estarem sob o mesmo “teto”, o que facilita a compra para consumidores com pouco tempo.

Estimativas são incertas no Brasil

Tudo vai depender do cenário: no Brasil, especialistas apontam que “as condições das aulas em 2022 vão depender muito de haver liberação ou não para vacinar crianças e adolescentes”, de acordo com o médico infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em entrevista para a GHZ. Além disso, os reajustes em mensalidades que variam de 6,5% a 14% no RJ e em SP devem apertar o orçamento das famílias e impactar todo o setor de ensino, de acordo com dados divulgados pelo IG.

Além das categorias óbvias

Nos EUA, a categoria de roupas e acessórios deve movimentar a volta às aulas, já que na maioria das escolas os alunos não usam uniformes. De acordo com o eMarketer, o crescimento estimado para a categoria de moda é maior do que o de qualquer outra categoria em 2021. As vendas saltaram para quase 30%, enquanto as vendas de equipamentos e materiais de escritório vão crescer pouco mais de 9%.

Experiência digital

Lojas físicas especializadas em papelaria e materiais de escritório sofreram perdas dramáticas em 2020 e 2021, com a pandemia. Muitas se reinventaram e passaram a oferecer atendimento digital, enquanto outras foram levadas a fechar as portas. Com a vacinação, o ano de 2022 pode representar crescimento das vendas, especialmente para os negócios omnichannel do segmento, que precisam oferecer uma boa experiência e fidelizar o consumidor.

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