De acordo com estimativas do eMarketer, cerca de 72.5% dos profissionais de marketing dos Estados Unidos usarão marketing de influência em 2022, contra 55.4% em 2019
O marketing de influência vem há anos conquistando espaço entre as estratégias de diversos segmentos. De acordo com estimativas do eMarketer, a participação dos profissionais de publicidade dos EUA usando a modalidade deve alcançar 72,5% em 2022 (o número que era de pouco mais de 55,4% em 2019). A chamada “economia dos criadores” não para de crescer e vem atraindo influenciadores de diversos segmentos.
A relevância do marketing de influência é inegável, já que trata-se de um ecossistema criativo que contribuiu com US$ 20,5 bilhões para o PIB dos EUA em 2020, um aumento de 23% em relação a 2019.
O Brasil segue a mesma tendência. Uma pesquisa da Youpix divulgada pelo Meio & Mensagem, revelou que 71% dos entrevistados consideram o marketing de influência uma modalidade central de seu planejamento, fator intensificado pela pandemia.
A economia dos criadores e o marketing de influência
A economia dos criadores e o marketing de influência não estão apenas se tornando fontes de receita lucrativas para os anunciantes – em vez disso, estão se tornando uma carreira mais legítima e estável para muitos.
Os empreendedores de conteúdo estão ganhando US$ 50.000 por ano com seus negócios, em média; aqueles com quatro anos de experiência estão ganhando US$ 100.000 por ano, de acordo com uma pesquisa da The Tilt, empresa de pesquisa de economia dos criadores.
Em relação às redes, 93% dos profissionais de marketing pretendem usar o Instagram. O TikTok vem depois dos Stories, com 68% da preferência dos entrevistados e, na sequência, o Facebook, também com 68% da preferência dos entrevistados.

O termo “economia dos criadores” pode ter demorado a se popularizar, mas um relatório do YouTube mostra que a expressão é conhecida já há algum tempo. A plataforma informou o pagamento de US$ 30 bilhões a influenciadores, artistas e empresas de mídia nos últimos três anos.
Além do Instagram e TikTok, o YouTube é uma das principais plataformas para influenciadores e a pioneira do boom da economia dos criadores. De acordo com informações divulgadas pelo Social Media Today, um novo relatório da rede em parceria com a Oxford Economics mostrou que o Programa de Parcerias do YouTube está apoiando 2 milhões de criadores e criou o equivalente a 394.000 empregos em tempo integral.
O segmento de games e o marketing de influência
Um dos primeiros segmentos a contar com influenciadores e um dos mais proeminentes da atualidade é o de games. Vale mencionar o caso da Faze Clan, que está se fundindo com a SPAC B. Riley Principal em um negócio que levará a empresa a abrir o capital na NASDAQ, de acordo com informações da gamesindustry.biz. Após o fechamento, o Faze Clan deverá ser avaliado em cerca de US$ 1 bilhão.
A empresa, que começou em 2010 como um canal no YouTube dedicado a clipes de jogos, tornou-se uma das marcas de conteúdo de jogos mais conhecidas, lançando equipes de esportes eletrônicos, roupas e investimentos de várias celebridades e atletas profissionais.
Quando a Faze começou, as ferramentas para criadores de conteúdo eram muito escassas. No entanto, devido à crescente popularidade e interesse pelo que era gerado pelos criadores, as plataformas passaram a correr a fim de fornecer recursos para atrair e ajudar influenciadores a aumentar o público.
Hoje, empresas como Snapchat, TikTok e Facebook lançam fundos para criadores, surfando na onda gerada, inicialmente, pelo YouTube. A plataforma de vídeos, por sua vez, segue na busca a fim de se diferenciar das novas e incertas plataformas.
4 importantes considerações sobre a economia dos criadores
Veio para ficar
A economia dos criadores não é uma moda passageira, mas um setor legítimo e crescente, tanto nos EUA, quanto no Brasil. Hoje, há influenciadores em diversos segmentos, de beleza aos chamados “finfluencers[1] ” (criadores que focam no setor financeiro).
Gera interesse nos mais jovens
Os empregos de criadores geram interesse nas gerações mais jovens. Um estudo de 2019 da Harris Poll e da Lego mostrou que quase três vezes mais crianças de 8 a 12 anos disseram que queriam ser YouTuber (29%) do que aquelas que querem ser astronautas.
Sai na frente quem investe antes
Mencionando mais uma vez o caso da Faze: a empresa teve uma vantagem de quase uma década na economia criativa. Assim, novas empresas podem inovar e se tornarem referência, levando outras a seguirem seu caminho nos próximos anos.
Vale para diversas plataformas
Apesar de relevante, o YouTube é preferência de apenas 25% dos influenciadores, de acordo com a pesquisa “Creators Economy”, realizada pelo Instituto Atlantico. A pesquisa indicou ainda que para 80% dos produtores, o Instagram é uma ferramenta essencial para o trabalho e 60% destacou a relevância do Whatsapp.