Globalmente, a categoria de delivery de alimentos online representa uma indústria de US$ 126,91 bilhões
Um dos segmentos mais afetados pela pandemia foi o de shopping centers. Com o isolamento social, centros comerciais brasileiros e suas opções de fast food, lazer e lojas chegaram a perder cerca de 60 bilhões de faturamento, de acordo com informações da IstoÉ Dinheiro.
Mesmo com a recuperação do setor tanto no Brasil quanto internacionalmente, algumas gigantes da alimentação rápida decidiram se reinventar e investir em novas experiências para o cliente, como delivery, retirada em loja e drive thru.
Conveniência ainda mais primordial para empresas de fast food no pós-pandemia
Globalmente, a categoria de delivery de alimentos online representa uma indústria de US$ 126,91 bilhões, de acordo com as estimativas de abril de 2021 da Research and Markets. Assim, marcas com grande reconhecimento e uma nova abordagem têm mais oportunidades para capturar mais deste mercado.
Uma das maiores redes de cafeterias do mundo, a Starbucks está priorizando os drive-thrus em detrimento das lojas em shoppings. Visando uma experiência ainda mais eficiente e sem atrito, a empresa enfatiza que deseja oferecer “formatos orientados para a conveniência”, como drive-thrus, locais de coleta e outras experiências semelhantes, de acordo com o eMarketer.
Além do Starbucks, a rede de fast food tex-mex Taco Bell também vem buscando oferecer uma experiência gastronômica inovadora. Batizada de Taco Bell Defy, a rede criou uma estrutura de dois andares com uma cozinha no último andar e quatro pistas de drive-thru, com três delas focadas em pedidos e coleta móveis.
As duas estratégias têm em comum a experiência do pedido sem contato, uma das principais características das chamadas “lojas do futuro”. Esses exemplos demonstram que a inovação em serviços de fast food se tornou uma prioridade.

A relevância dos pagamentos digitais para as redes fast food
Com a pandemia, o método de pagamento digital, sem contato, foi considerado muito mais seguro, especialmente para compras de varejo e serviços de alimentação pela Internet. As transferências bancárias chegaram a representar 3,0% e 7,0% do valor total das transações de varejo digital e food services, respectivamente.
De acordo com o eMarketer, os gastos online com cartões de crédito representam a maior parcela do valor total das transações com cartão neste ano, com 43,5% do valor total das transações de varejo online e serviços de alimentação.
Mesmo assim, o uso de cartões de crédito vem diminuindo ligeiramente à medida que o uso de cartão de débito aumenta. Em 2023, o valor da transação com cartão de crédito digital cairá para 48,8% do valor total da transação com cartão digital – de 52,0% neste ano – mas ainda manterá a maior parte do bolo. A popularidade dos cartões de débito tem aumentado entre as gerações mais jovens que ainda não têm acesso a crédito.
4 transformações das redes de fast food no pós-pandemia
Experiências híbridas
A rapidez e eficiência dos serviços digitais devem ser aplicados aos pedidos físicos, a fim de garantir uma boa experiência ao usuário. Assim como no varejo, o setor de serviços do futuro também precisa se adequar às mudanças no hábito do usuário ocorridas durante a pandemia.
Redução do atrito
Marcas que evitam interrupções tanto quanto possível proporcionam uma melhor experiência do cliente, o que está altamente relacionado com a fidelidade. As cadeias que evitam interrupções e comunicam ajustes de preços não só conquistam os clientes, mas também evitam agravar problemas.
Pagamentos digitais
De acordo com o eMarketer, desde 2014 houve uma mudança em direção aos pagamentos digitais. Ainda segundo o monitor, este ano, 83,6% do valor das transações de varejo digital e serviços de alimentação serão pagos por meio de cartões de crédito, débito ou pré-pagos, totalizando quase US$ 894 bilhões em gastos.
Inteligência artificial
A Pizza Hut, serve como exemplo de marca fast food que investe em inteligência artificial. Pioneira em oferecer pedidos on-line, a rede agora busca conquistar participação de mercado investindo em IA para melhorar a experiência do cliente e alavancar as vendas. Tristan Burns, chefe global de análise da Pizza Hut, disse que a empresa está desenvolvendo sua própria tecnologia que visa analisar não apenas o comportamento do consumidor, mas também fatores externos, como o clima local, para fornecer as melhores recomendações de produtos possíveis.