Entenda as pautas 2022 para o e-commerce

A preocupação social é relevante para o consumidor, como aponta pesquisa da ThinkNow: 31% dos entrevistados deixariam de frequentar uma loja, caso ela nunca tenha apoiado publicamente causas como diversidade e inclusão

O ano de 2021 já está chegando ao fim e, por isso, é importante ter acesso a algumas previsões a fim de definir passos para 2022. O ano de 2021 marcou uma nova era para o varejo e o e-commerce. As estimativas da Insider Intelligence a respeito dos próximos cinco anos envolvem crescimento ainda mais acelerado das atividades digitais, o que já havia sido intensificado com a pandemia. 

Além das tendências específicas que podem ser aplicadas a novos e antigos negócios, é importante frisar o novo papel que as marcas ganham, especialmente para as gerações mais jovens. Agora, não basta que as marcas coloquem em prática essas novidades, mas é importante prestar atenção à atuação e posicionamento nas discussões e cenários nas quais estão inseridas. 

No decorrer da leitura, vamos expor essas características da chamada nova era do e-commerce e como atualizar sua marca frente a essas transformações. 

O que o consumidor espera na chamada “nova era do e-commerce”?

Criamos um outro post sobre a mudança de hábitos do consumidor, como resultado da pandemia. Não dá mais para discordar que os últimos dois anos, marcados pelo isolamento social, endurecimento de medidas sanitárias, perdas de vidas para uma doença sem precedentes e dilemas em relação à vacinação transformaram definitivamente o mundo em que vivemos. 

Parece lógico, então, que essas alterações no estilo de vida refletissem em preferências e comportamentos do público. Com isso, as marcas precisaram se adaptar, especialmente em direção ao digital. Quem não era omnichannel precisou contar com parcerias com marketplaces ou criar sua presença online. Quem já era digital precisou reformular entregas, posicionamento online e até oferecer opções como retirada na loja

Entretanto, uma mudança ainda mais profunda tem a ver com a importância do propósito da marca. Em 2020, ficou ainda mais notável a importância de uma mudança no posicionamento das marcas frente às questões sociais, ao mesmo passo em que grandes negócios procuravam se diferenciar e acompanhar as mudanças nas demandas dos consumidores.

A importância da sustentabilidade e das questões sociais

A sustentabilidade é uma questão mais relevante especialmente para as gerações mais jovens, mas a conscientização está aumentando para todos. Uma pesquisa da Compose[d] e MaCher concluiu que para a maioria (82%) dos membros da Gen Z e millennials americanos, a sustentabilidade é importante ao comprar roupas, produtos de beleza e experiências de viagem. A pesquisa também demonstrou que 52% dos baby boomers concordavam com a importância das questões ambientais ao adquirir produtos e serviços. 

Além da sustentabilidade, a diversidade e representatividade passaram a ter importância vital para os consumidores. Em meados de 2020, questões raciais ocuparam o centro das atenções nos Estados Unidos, já que a maioria da população ficou em quarentena e passou um tempo cada vez maior nas redes sociais.

Uma pesquisa da ThinkNow revelou que 31% dos entrevistados deixariam de frequentar uma loja, caso ela nunca tenha apoiado publicamente causas como diversidade e inclusão. 

Assim, os consumidores passaram, mais do que nunca, a exigir mudanças, e a diversidade e a inclusão tornaram-se prioridade à medida que as marcas reavaliavam seus papéis na promoção de causas sociais importantes. 

Desta forma, embora os valores do público nem sempre se traduzam diretamente em comportamento, está claro que sustentabilidade e pautas de impacto social continuarão sendo foco para os consumidores.

Além da preocupação com o posicionamento, há outras tendências da nova era do e-commerce que precisam estar no radar das marcas:

4 principais tendências do e-commerce para acompanhar (e considerar incorporar a suas estratégias):

Social Commerce

A convergência entre mídia e comércio é mais clara nas plataformas de mídias sociais, especialmente no Facebook, Pinterest e TikTok, que passam da inspiração para a facilitação de transações. De acordo com a Insider Intelligence, os usuários das redes sociais nos Estados Unidos passam uma média diária de 1 hora e 35 minutos nas plataformas e farão compras enquanto estiverem lá. Ainda de acordo com o monitor, as vendas do comércio social nos EUA irão quase dobrar entre 2019 e 2021, atingindo a marca de US$ 40 bilhões.

ESG 

Práticas ESG estão em alta. Uma pesquisa Stifel e Morning Consult de maio de 2021 descobriu que 71% dos adultos dos EUA com idades entre 18 e 55 anos se preocupam mais com a sustentabilidade do produto do que há um ano. A sustentabilidade pode assumir muitos significados, desde têxteis reciclados e embalagens reutilizáveis ​​até opções de entrega que reduzem a pegada de carbono e práticas inerentes à economia circular

Livestreaming e tendências da China

O varejo da China vem ditando algumas importantes tendências, como grandes festivais de marca e influencers virtuais. Mas nenhuma é tão emergente quanto o livestreaming. O mercado de compras ao vivo da China sozinho é maior do que o mercado total de comércio eletrônico de qualquer outro país, em uma indústria que irá alcançar cerca de US$ 300 bilhões este ano, respondendo por 11,7% de todas as vendas de comércio eletrônico de varejo no país.  

Crescimento acelerado do D2C 

A venda digital de itens de supermercado, conhecidos como “e-groceries”, também é uma tendência originária da China. Os dados primários adquiridos a partir das transações de e-commerce de alimentos se tornarão base para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, compras via apps e desenvolvimento de canal direto ao consumidor (D2C), bem como digitalização de loja e logística omnichannel. Embora estimativas do e-Marketer apontem que as compras físicas desses itens ainda totalizem 83% em 2025, as empresas FMCGs já estão se preparando para o digital, com ofertas personalizadas, mais segmentação e uma experiência de compra capaz de fidelizar.

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