O futuro (presente) da TV é se transformar em um smartphone de 50 polegadas

De acordo com dados do eMarketer, o volume em dólares de publicidade na tela da TV conectada crescerá mais de US$ 14 bi nos próximos quatro anos. Sua TV é um smartphone de 50 ou mais polegadas

Vídeos sob demanda, Youtube e TikTok. O futuro da TV é conectado. Se em 2010 o fenômeno de migração da TV para a internet já era esperado, hoje, 11 anos depois, ele é confirmado. Prova mais recente disso foram os mais de 60% do tempo de exibição da cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de Tóquio terem ocorrido em dispositivos que não são de TV. 

Além disso, estimativas do eMarketer são de queda de 2,3% do tempo médio diário gasto em TV e vídeo digital em 2021. 

No decorrer da leitura de hoje, vamos abordar um pouco mais sobre os números da TV e entender as perspectivas para o futuro deste que até pouco tempo atrás era o principal meio de comunicação. 

O futuro da TV é a internet

Não é novidade para ninguém que da mesma forma que o rádio não acabou com a popularização da TV, a TV não acabou e nem vai acabar, à medida que o tempo de tela em desktops, smartphones e tablets aumenta. 

Entretanto, a relação inevitavelmente muda. Em todo o mundo, os espectadores de streaming da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio passaram a maior parte do tempo assistindo em computadores desktop e telefones celulares, que capturaram 54% do tempo total de exibição. 

Já as TVs foram menos populares para transmitir as festividades: 23% do tempo de exibição aconteceu em dispositivos de TV conectados e 14% em smart TVs.

Além disso, se por um lado, 80% dos consumidores americanos disseram que assistem TV a mesma quantidade de tempo ou mais do que no auge da pandemia, (segundo pesquisa de junho da Hub Entertainment Research compartilhada com a Morning Consult), é importante ressaltar que esse número abrange tudo o que é visto em uma tela de TV. 

Ou seja, não se trata apenas da TV tradicional, mas também em plataformas de streaming, como Netflix. Aliás, por falar em streaming, a situação também começa a mudar. Se há um ano, no auge da pandemia, houve aumento nos investimentos, hoje a situação já retorna aos níveis pré-pandêmicos. 

O cenário dos streamings 

A indústria de TV paga continua a perder assinantes e ela não é a única. Com o avanço da vacinação e retorno paulatino às atividades fora de casa, a Netflix perdeu cerca de 433.000 assinantes nos EUA e Canadá no primeiro semestre de 2021.

A gigante do streaming conta com 209 milhões de assinantes pagantes em todo o mundo, mas além dos fatores mencionados, o aumento do preço no primeiro trimestre tornou a Netflix menos vantajosa para algumas pessoas.

Além disso, concorrentes como a Disney (com 173,7 milhões de assinantes em seus três streamers), a HBO e a HBO Max (com total de 67,5 milhões de assinantes) e outras, parece que está havendo um êxodo de assinantes. 

4 insights sobre o futuro da TV

TV Conectada será padrão

Os padrões de visualização dos EUA estão mudando para o digital. Essa mudança de maré se reflete em nossas previsões sobre os visualizadores CTV, o tempo gasto em CTV em comparação com o linear e cortadores de cabo.

Publicidade permanece em alta

Apesar da migração dos anúncios para o streaming, muito do investimento publicitário em TV ainda vai para as empresas tradicionais. De acordo com dados do eMarketer, o volume em dólares de publicidade na tela da TV crescerá mais de US $ 14 bilhões nos próximos quatro anos, apesar da estagnação do mercado de TV tradicional. O crescimento virá da CTV.

Mensurar é desafio

A falta de padronização dificulta a mensurabilidade em plataformas de TV linear e conectada. Só porque a medição de anúncios é tecnologicamente possível, isso não significa que é feita de maneira ideal. O inventário de anúncios agora está fragmentado entre diversos players e muitos não estão dispostos ao data exchange.

TV afetada por fim dos cookies

Apesar de não depender de cookies, a publicidade na TV pode ser impactada, especialmente se os endereços de IP, elementos centrais para a medição da atribuição de televisão, forem também considerados como identificação pessoal. Se isso se confirmar, a segmentação avançada, possível na televisão conectada atualmente, pode ser afetada em um futuro próximo. 

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