Mercado de Wearables ultrapassou 100 milhões de unidades vendidas

Dados da International Data Corporation (IDC) revelam que houve um aumento de 34,4% em relação às 77,8 milhões de unidades vendidas no mesmo período de 2020

O interesse pelos dispositivos vestíveis (wearables) não para de crescer e se refletiu nos números do primeiro trimestre de 2021. Apesar da redução em comparação ao quarto trimestre de 2020, período recorde nas vendas, o ano é de alta nas vendas dos dispositivos.

De acordo com novos dados do estudo “Worldwide Quarterly Wearable Device Tracker”, da  International Data Corporation (IDC), houve total de 104,6 milhões de unidades no primeiro trimestre do ano, o que representa um aumento de 34,4% em relação às 77,8 milhões de unidades vendidas no mesmo período de 2020 e a primeira vez que as vendas no primeiro trimestre ultrapassaram os 100 milhões de unidades.

Os números do primeiro trimestre de 2021 refletem o contexto do período, com piora da pandemia, fechamento de lojas e, principalmente, de academias.

Na leitura de hoje, vamos entender melhor o cenário dos dispositivos vestíveis e o contexto e perspectivas para esse segmento do mercado que não para de se reinventar.

Apple na liderança dos dispositivos vestíveis ou wearables

Que a pandemia despertou os cuidados com a saúde e a boa forma ninguém duvida. E os dispositivos vestíveis, também chamados de “wearables” representam a solução para quem quer monitorar aspectos como frequência cardíaca, temperatura e condicionamento físico em casa.

A Apple manteve sua liderança com 33,5% das vendas totais e um aumento de 50% ano a ano nas vendas de sua diversificada linha Apple Watch. De acordo com o eMarketer, 75% dos compradores do Apple Watch no terceiro trimestre eram novos na plataforma, o que demonstra que ainda há espaço para esta categoria crescer.

Receitas da empresa mostraram um aumento dramático no terceiro trimestre: foram US$ 8,8 bilhões arrecadados, em comparação com US$ 7,8 bilhões no segundo trimestre e US$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre de 2020 (mas vale observar que a Apple não divulga produtos individuais em suas declarações de lucros).

De acordo com a IDC Brasil, entre 2021 e 2024, a expectativa anual de crescimento dos dispositivos vestíveis fica acima dos dois dígitos.

4 insights sobre o mercado de wearables

Saúde pessoal em foco

Além do rastreamento de condicionamento físico, os dispositivos eram valorizados por oferecerem tecnologia a serviço da saúde. Com eles, era possível contar com facilidades como cronômetros de lavagem das mãos e sensores de oxigênio no sangue e frequência cardíaca irregular. Dessa forma, muitos consumidores passaram a considerar esses recursos essenciais para sua saúde e segurança pessoal, especialmente idosos ou pessoas com comorbidades, isoladas da família durante a pandemia.

Apple continuará na liderança

Os wearables representam a categoria de negócios de crescimento mais rápido da Apple, superando as vendas de Mac já em janeiro. Especialistas atribuem a integração perfeita entre hardware e software Watch com os outros ecossistemas Apple como o principal motivo de sua hegemonia.

Dados podem ser úteis no futuro

De acordo com o eMarketer, a ampla adoção do Apple Watch significa que a Apple tem acesso a um tesouro de dados de saúde do usuário, o que poderia fornecer a base para a expansão da gigante da tecnologia para serviços de saúde futuramente.

Mais acessibilidade

Atualizações de acessibilidade, como AssistiveTouch, recurso que permitirá que os usuários do Watch operem o wearable sem tocar na tela ou nos controles, devem ocorrer em breve. A ideia é que o relógio identifique gestos para acionar aplicativos ou recursos específicos, tornando o wearable ainda mais prático.

Você pode gostar