Reuniões em vídeo vieram para ficar?

De acordo com o eMarketer, em dezembro de 2019 o Zoom contabilizava cerca de 10 milhões de participantes por dia em reuniões em todo o mundo, mas em abril de 2020 chegou a 300 milhões

Diversas transformações ocorreram no cenário digital no curto espaço de tempo entre 2020 e 2021. O crescimento do e-commerce, a busca pelos serviços delivery, o tempo maior em apps como TikTok e outros de vídeos curtos. E no mercado de trabalho aconteceu o mesmo: como alternativa ao distanciamento, a comunicação em vídeo tornou-se vital para manter a produtividade e o alinhamento das atividades do dia a dia. 

Assim, os aplicativos de reuniões virtuais viram um crescimento inesperado, enquanto empresas e funcionários precisaram se adaptar tanto à nova rotina quanto às consequências dela. 

Na leitura de hoje, vamos entender mais sobre a comunicação em vídeo e a videoconferência e como essa ferramenta pode impactar o dia a dia das corporações, especialmente no pós-pandemia.

Pandemia e crescimento da comunicação em vídeo

O mês é março de 2020. Empresas de diversos segmentos e países viram suas rotinas virarem do avesso sem nenhum aviso prévio. Com as medidas de isolamento, apenas serviços essenciais, como saúde, foram mantidos com funcionários presentes. Os demais segmentos precisaram se adaptar à rotina home office. 

Com o distanciamento, as reuniões virtuais e as ferramentas de colaboração passaram a ser os principais canais internos para compartilhamento de informações e definição de expectativas com seus funcionários. 

Assim, aplicativos como o Teams, da Microsoft, o Hangouts, do Google e o Zoom se tornaram companheiros de trabalho de diversas equipes. 

De acordo com informações do eMarketer, durante a pandemia, o Zoom obteve aumento impressionante em seus participantes de reuniões diárias. De cerca de 10 milhões em dezembro de 2019, o software passou a ter até 300 milhões de pessoas participando globalmente, em abril de 2020. O relatório “Store Intelligence Data Digest: Q2 2020”, de julho do mesmo ano, revela que o Zoom foi o aplicativo mais baixado na Ásia, Europa e Estados Unidos na primeira metade do ano passado. 

Com o rápido crescimento, o Zoom atingiu capitalização de mercado de US$129 bilhões no auge da pandemia e um aumento de quase seis vezes em relação ao ano anterior no número de licenciados geradores de receita, de acordo com o The Wall Street Journal.

Outro aplicativo que contou com rápido crescimento foi o Teams. De acordo com dados divulgados pela Exame, o número de usuários do software de reuniões e organização da Microsoft saiu de 13 milhões em julho de 2019 para 115 milhões no final de setembro de 2020. 

Comunicação em vídeo para além do home office

A comunicação em vídeo não é exclusiva do ambiente corporativo: outros setores se beneficiaram com a popularização das videoconferências, dentre eles, a área de saúde. 

De acordo com a COVID-19 Healthcare Coalition, 34% dos médicos dos EUA relataram o uso do Zoom para acessar telessaúde no ano passado. Além disso, 10% dos consumidores em todo o mundo relataram usar o chat de vídeo como um canal de suporte ao cliente pela primeira vez no ano passado, de acordo com o Zendesk. 

Isso demonstra que a comodidade e praticidade da comunicação em vídeo pode manter o interesse do consumidor na tecnologia, mesmo quando sua necessidade impulsionada pela pandemia começa a desaparecer. 

Perspectiva pós-pandemia

Embora as reuniões virtuais possam ajudar a impulsionar a colaboração e o compartilhamento de informações, elas também apresentam muitos desafios e desvantagens. Pesquisa de maio de 2020 da MindEdge and Skye Learning, divulgada pelo eMarketer revela que, para os trabalhadores norte-americanos, atuar remotamente é mais difícil. Na pesquisa, 44% dos entrevistados citaram o aumento no número de reuniões e telefonemas como um dos motivos de insatisfação. 

No entanto, uma pesquisa da Morning Consult também descobriu que as reuniões virtuais não afetam negativamente os níveis de participação dos funcionários nos EUA. Cerca de um terço dos adultos dos EUA foram capazes de trabalhar remotamente disseram que participaram mais de reuniões virtuais do que presenciais, e 41% indicaram que não houve diferença em sua participação. Apenas 14% relataram ser menos ativos em reuniões virtuais.

Por último, funcionários reclamaram de reuniões virtuais desnecessárias, por não haver tempo suficiente nos calendários para as pessoas trabalharem. 

Com o fim da pandemia e consequente retorno ao escritório, mesmo em modelo híbrido, será preciso que as empresas implementem táticas de definição de limites. Conforme as empresas olham para o futuro, elas devem planejar como seus funcionários irão operar em um mundo pós-coronavírus. Para os entrevistados da pesquisa da Morning Consult, o trabalho remoto veio para ficar pelo menos em algum nível e, portanto, haverá modelos híbridos flexíveis nos próximos anos. 

4 razões para a relevância da comunicação em vídeo no pós-pandemia

Trabalho virtual é realidade

O trabalho virtual veio para ficar, mesmo no pós-pandemia. Isso é o que dizem 92,5% dos líderes empresariais e profissionais de finanças em todo o mundo pesquisados ​​pela Vena Solutions em maio de 2020. Além disso, uma pesquisa de junho de 2020 da Salesforce descobriu que para 44% dos funcionários, os empregadores poderiam reavaliar as políticas de trabalho remoto de longo prazo. Isso revela que o futuro do trabalho corporativo provavelmente será um modelo híbrido.

Vídeo é melhor que e-mail

Explicar procedimentos, conceitos ou apenas informações complexas para grupos grandes de pessoas é praticamente impossível por e-mail. Se você fizer uma reunião presencial, pode ser difícil garantir que todos tenham participado. Uma videoconferência nestes casos é interessante e, mais uma vez, demonstra que a comunicação por meio de vídeo pode ter vida longa.

Facilidade de compartilhamento

De uma perspectiva de engajamento interno, o vídeo desempenha um papel fundamental ao ajudar a comunicar notícias e inovações em toda a empresa. Além disso, a maioria dos softwares permite compartilhamento de arquivos e de tela, o que facilita a compreensão e visualização de informações.

Conecta as pessoas

A comunicação em vídeo possibilita que as pessoas se sintam conectadas e com o hábito elas perderam o medo de usar vídeo, o que significa que, com parcimônia, a fim de não exagerar no número de reuniões, empresas podem contar com mais participação e engajamento. 

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