De acordo com o eMarketer, 22% dos jovens de 16 a 22 anos já realizaram pelo menos uma compra inspirada na opinião dos seus amigos
O marketing boca a boca sempre existiu, afinal, é no meio de conversas que surgem assuntos como “amei o produto da marca X, que reduziu minhas rugas” ou “já experimentou o tempero da marca Y?”, ou “prefiro o carro da marca Z”. A partir de premissas simples como a indicação de um novo creme hidratante ou um hotel incrível na cidade é possível apresentar novos produtos ou serviços de marcas novas ou consagradas.
Com as redes sociais, podcasts e plataformas de comparação de preços e reviews, o marketing boca a boca se reinventou. Hoje, não são apenas amigos e parentes que exercem poder de influência sobre nossas opiniões e desejos: existem os produtores de conteúdo e influenciadores profissionais.
De acordo com o eMarketer, 22% dos jovens de 16 a 22 anos já realizaram pelo menos uma compra inspirada na opinião expressada em redes sociais pelos seus amigos, influenciadores ou celebridades. Se eles são os chamados “consumidores do futuro”, vale entender este hábito tão antigo (mas que segue repaginado) e como ele pode ser útil aos seus negócios.
Mais sobre o marketing boca a boca na era digital
O “buzz marketing” nasceu nos Estados Unidos como alternativa aos gastos exorbitantes em anúncios na mídia. Afinal, nada mais humano e trivial do que conversar. Então, por que não aproveitar esse potencial natural e inerente a todos os seres humanos para promover positivamente uma marca?
A prática nunca saiu de moda e, com a popularização das redes sociais, ela ganhou ainda mais força. É possível conhecer diversos tipos de produto ou serviço por meio de uma simples pesquisa nos motores de busca, seja em forma de textos, vídeos e até mesmo podcasts, programas em áudio.
De acordo com dados do eMarketer, a influência de amigos e familiares ainda é grande para membros da Gen Z, mesmo considerando massivamente a opinião de influencers e celebridades.

Com a competitividade entre marcas, a lealdade a uma marca é coisa rara e que merece ser valorizada. Hoje, mais do que nunca, um passo em falso pode levar seu cliente para a concorrência e fazê-lo usar as redes sociais para expressar seu descontentamento. Para isso, investir em experiência do usuário é crucial, mas não suficiente.
Dessa forma, o desafio para os profissionais de marketing é criar um elo emocional e construir suas comunidades, de forma a atrair sua audiência de maneira orgânica e com base na confiança.
4 práticas para aumentar o boca a boca positivo da sua marca
Tenha um bom produto
Nenhuma ação de marketing irá resolver o problema de um produto ou experiência ruim. Medir o Net Promoter Score (NPS, também chamada de “métrica de lealdade”) é uma das formas mais fáceis de conhecer o nível de satisfação dos seus clientes e a probabilidade que ele recomende sua marca a outras pessoas. Invista em pesquisas de satisfação efetivas e mantenha sempre a pontuação entre 9 e 10, para ter mais chances de ser recomendado positivamente. Caso o NPS esteja abaixo desse número, entenda os pontos de fricção e crie táticas de ajuste de curto, médio e longo prazo.
Crie conexão emocional
Para as pessoas falarem (bem) da sua marca elas precisam estar envolvidas emocionalmente com ela, sentir que fazem parte, que compartilham a visão de mundo. Crie mecanismos que criar uma comunidade ao redor da sua marca.
Reduza o churn
Evasão de clientes é sempre um drama para os profissionais de marketing. Além de perda de receita, o churn significa que seu cliente encontrou um substituto melhor do seu produto ou serviço, já que, dificilmente, ele deixará de consumir. Entender como melhorar é outro passo importante: foque, então, no Social Listening, para garantir sempre a melhor experiência.
Conte com embaixadores
Influenciadores podem ser, sim, embaixadores da sua marca. Entretanto, uma forma mais efetiva e até estratégica de chamar atenção é contar com os seus brand lovers para isso, ou seja, com aquelas pessoas que sempre demonstram amor pelo seu produto ou serviço. O USG delas deve ser valorizado organicamente (por meio de repost em redes sociais, por exemplo) ou até mesmo por meio de parcerias formais.