Vendas disparam 63,3% e ultrapassam a marca de US$ 100 bi pela primeira vez nos países latinos, de acordo com dados do eMarketer
Definitivamente, o ano de 2020 entrou para a história da economia mundial. Ao mesmo tempo que foi um ano turbulento para o varejo, o e-commerce na América Latina disparou.
Com o isolamento social para conter a pandemia, varejistas e consumidores rapidamente mudaram para o comércio eletrônico. Essa movimentação levou as vendas a dispararem 63,3% e ultrapassaram a marca de US$100 bilhões pela primeira vez, de acordo com dados do eMarketer.

Além disso, o monitor ainda acrescenta que o setor de varejo da América Latina se recuperará e vai alcançar níveis de vendas anteriores à pandemia já em 2023.
Hoje, no Mistura, by Zmes, vamos falar um pouco sobre a transformação do cenário do e-commerce na América Latina e como estas perspectivas podem afetar seu negócio.
O atual cenário do e-commerce na América Latina
Dados do eMarketer revelam que, em 2020, 38 milhões de consumidores na América Latina compraram online pela primeira vez. Já em 2021, o total de “digital buyers” aumentará para 248,7 milhões, ou seja, praticamente metade da população da região com mais de 14 anos. Quase metade da população da América Latina fará uma compra em uma plataforma digital este ano.
Embora o comércio eletrônico tenha sido uma tábua de salvação para muitas empresas, não foi o suficiente para evitar as quedas de 11% nas vendas totais no varejo. O monitor ainda acrescenta que as vendas no varejo na região não devam voltar aos níveis pré-pandemia até 2023.
E-commerce no Brasil
De acordo com previsão do eMarketer, o Brasil será o primeiro mercado a se recuperar até 2022. O monitor explica que, embora as vendas totais no varejo tenham caído 6,5%, para US $ 391,46 bilhões (R $ 2,018 trilhões) em 2020, o país ainda estava em uma posição relativamente melhor do que a Argentina (queda de 32,0%) e o México (queda de 9,0%). Mesmo frente a um dos piores surtos de COVID-19 do mundo, o forte desempenho do comércio eletrônico do Brasil diminuiu o impacto geral da queda nas vendas de varejo nas lojas.
Empresas como Via Varejo, Carrefour Brasil e Lojas Americanas tiveram quedas de dois dígitos nas vendas nas lojas, de 14,2%, 12,8% e 12,2%, respectivamente, em 2020. O Magazine Luiza teve um desempenho relativamente bom, com 0,6% de crescimento para vendas na loja. Entretanto, à medida que cada uma dessas empresas escalou rapidamente suas operações de comércio eletrônico, as vendas de comércio eletrônico no varejo dispararam.
Dessa forma, as vendas digitais tiveram crescimento de três dígitos (151,5%, que representam $ 3,10 bilhões ou R$ 15,98 bilhões) na Via Varejo, enquanto as vendas de comércio eletrônico no Magazine Luiza aumentaram 130,7%, ($ 5,53 bilhões ou R$ 28,51 bilhões). Em apenas dois anos, o comércio eletrônico passou de pouco mais de um terço (35,7%) das vendas totais do varejo do Magazine Luiza em 2018 para quase dois terços (65,6%) no final de 2020.
4 boas práticas para aproveitar o crescimento do e-commerce na América Latina
Construa sua audiência
O crescimento dos marketplaces, como Mercado Livre e Magazine Luíza, acabam revelando um importante insight: empresas parceiras perdem a oportunidade de coletar dados de sellout. Esses dados são fundamentais para uma CDP eficaz, passo que leva a construção da audiência e táticas mais certeiras para personalizar a jornada do seu lead.
Melhore a experiência online
Apesar das compras serem mais frequentes em aplicativos, sites e redes sociais, muitas empresas ainda negligenciam a experiência online. Testar a navegação e usabilidade de suas plataformas e oferecer muitas opções de pagamentos digitais são o primeiro passo para garantir mais conforto e tranquilidade para seu cliente.
Pense mobile first
Ainda falando em experiência, vale lembrar que o mobile já representa 33% do tempo de tela do usuário. Ainda tem dúvidas que planejar para esses dispositivos precisa ser prioridade para o seu negócio?
Valorize a fidelização
Não só com um programa de fidelidade realmente competitivo, mas também por meio de um mix de produtos que garanta a recompra por parte dos seus clientes.