Delivery: como a pandemia redefiniu o hábito de pedir comida (e tudo mais)

De acordo com o eMarketer, as vendas digitais de alimentos e bebidas de restaurantes nos EUA contaram com um aumento de 123,8% em 2020; no Brasil não foi diferente 

Com a redução da circulação durante o isolamento social, o e-commerce cresceu exponencialmente. Dentre as principais categorias, os produtos de supermercados foram os mais procurados online, e o download de aplicativos e novos cadastros se destacou. Seguindo a mesma linha dos e-groceries, estão os serviços de delivery de comida por aplicativos.  

De acordo com o eMarketer, a compra online de alimentos e bebidas de restaurantes nos EUA contaram com um aumento de 123,8% em 2020. No Brasil, a situação não foi diferente: de acordo com um levantamento da RankMyApp, o número de downloads de aplicativos por delivery em março de 2020 foi 30% maior em comparação ao mesmo mês de 2019.  

Pandemia e crescimento do digital 

O receio de aglomerar somado ao fechamento de bares e restaurantes aceleraram o número de transações online. Além do crescimento dos supermercados online, as transações financeiras online (especialmente, os pagamentos digitais), o crescimento da indústria de produtos de bens de consumo (chamados FMCGs) online e a valorização da experiência de navegação foram transformados definitivamente pela pandemia.  

Nesse contexto, a fim de recuperar um pouco da vida durante o “antigo normal”, especialmente em happy hours e aos finais de semana, pedir comida acabou se tornando um hábito.  

No Brasil, os gastos com delivery aumentaram cerca de 149% no último ano, de acordo com a Mobills, startup de gestão de finanças pessoais. A empresa analisou os dados de três dos principais players de entrega do país (Rappi, Ifood e Uber Eats).  

Nos Estados Unidos, o crescimento do delivery se deve ao aumento do download e do cadastro em serviços de entrega como DoorDash, Uber Eats e Grubhub. Estima-se que mais da metade (56%) dos adultos dos EUA pediram comida de serviços de entrega de alimentos terceirizados em alguma capacidade durante a pandemia.

Vale ressaltar que o mercado de restaurantes digitais terá um crescimento modesto em 2021 em comparação com 2020, aumentando 22,3% para US $ 54,97 bilhões. Mesmo assim, vale estar atento às oportunidades de negócio desse segmento. 

4 boas práticas para a experiência delivery de alimentos e bebidas 

Firme parcerias para entregas (para começar) 

Uma forma de começar é entrar em marketplaces e agregadores, utilize como um mecanismo de aquisição de clientes. Os restaurantes devem prestar atenção em quais aplicativos geram mais receita em determinadas regiões. IFood é o jogador mais dominante em geral, mas Uber Eats e Rappi também são muito fortes. 

Geolocalização 

Aposte em um perfil no Google my Business, que vai facilitar a localização do estabelecimento. Um dos filtros mais comuns usados pelos usuários tem a ver com a distância, que impacta no tempo de entrega. 

Ofereça cupons e fidelize 

O preço do frete é um fato que costuma incomodar os consumidores. Oferecer benefícios como ofertas relâmpagos, programas de fidelidade e cupons de desconto são ótimas maneiras de engajar os consumidores e destacar seu negócio frente à concorrência. Por isso, aposte em manter enquetes e pesquisas, para entender quais são os critérios de escolha do seu público. 

Crie seu próprio canal 

Agregadores como o iFood são um excelente canal de aquisição. Mas, lembre-se: nestes marketplaces, o cliente é deles e não seu. É fundamental criar seu próprio canal de delivery via app e site e incentivar seu cliente frequente a migrar para ele. 

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