Poder do D2C: o e-commerce se torna estratégico para a indústria

Fabricantes que vendem ao consumidor final cresceram 45% no último ano

A digitalização das empresas, especialmente após o início da pandemia, acelerou diversas mudanças no processo de chegar até o consumidor. Se antes, quando as transações do varejo residiam no offline, os papéis de fabricante, varejista e consumidor eram bem definidos, com a ascensão do e-commerce, a situação mudou de figura. E uma dessas mudanças foi o crescimento do D2C (direct to consumer ou venda direta ao consumidor).

O eMarketer aponta que, em 2020, as indústrias, importadoras ou distribuidores que também vendem mercadorias ao consumidor final cresceram 45%. E esse seria o fluxo natural, já que em 2018 uma pesquisa realizada pela Brigg revelou que o D2C era relevante a 87% das indústrias.

A seguir, discutimos um pouco mais sobre a relevância do D2C, os diferenciais de negócios com este perfil e as táticas que devem ser aplicadas para obter êxito no contexto atual.

Mudança de panorama do D2C

O investimento em canais digitais de vendas, sem a necessidade de intermediários, é o que atrai indústrias e fabricantes a adotarem o modelo D2C.

Com a pandemia, as vendas de itens de bens de consumo não-duráveis (chamados de FMCGs) dispararam. E, com isso, muitas pessoas passaram a comprar diretamente no e-commerce do fabricante. Observando esta tendência, as indústrias buscaram alternativas para oferecerem produtos a preços competitivos, que eliminavam os intermediários e facilitavam os processos de compra e entregas.

As empresas com foco em D2C também buscavam controlar a experiência do consumidor do marketing, passando pela loja online até o atendimento e a entrega

Porém o que mais motiva grandes industrias a investirem no D2C é obtenção de dados de sellout, que permitem que elas criem suas audiências primarias que servem como insumos para ações de marketing mais certeiras voltadas para públicos específicos além de conseguirem fazer a sonhada atribuição de vendas para o investimento de mídia

Outra característica do D2C que beneficiou tanto o comprador final quanto os negócios foram os serviços de assinatura. Com essa possibilidade, a compra recorrente com venda direta para o consumidor final garante ofertas e, consequentemente, fidelização.

A transformação dos negócios resultou em expansão de públicos, aumento da receita e a digitalização, ao criarem suas próprias lojas online ou estabelecerem parcerias com marketplaces.

4 dicas para indústrias iniciarem o modelo D2C

Teste poucos SKUs

Se você está testando o modelo D2C da sua empresa, não faz sentido investir em grande volume e variedade de produtos. Assim, selecione o que será ofertado ao consumidor final e mantenha o estoque voltado para este fim sempre limitado, para evitar desperdício.

Comece com parceiros

Parcerias com varejistas podem oferecer uma boa experiência ao consumidor e garantir exclusividade e aproximação. Crie táticas de demonstração indiretas, mas que reforcem sua presença e aliem sua marca a negócios varejistas que tenham credibilidade.

Aposte em influenciadores

Embaixadores da marca representam ótimas opções para a divulgação de produtos e incentivam a compra por meio de códigos de desconto.

Cresça com marketplaces

Uma alternativa para quem não quer montar sua própria loja virtual é investir em marketplaces. Dessa forma, o esforço de logística e entrega é terceirizado, mas, mesmo assim, seu negócio alcança o consumidor final.

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