As fabricantes de bens de consumo não-duráveis (FMCGs) já são o terceiro setor que mais investe na Internet, apenas atrás do varejo e dos bancos
Não são só os números do e-commerce de supermercados e o de compradores digitais que aumentam com a transformação dos hábitos dos consumidores. O investimento em publicidade digital na indústria de bens de consumo vai acompanhar a tendência de crescimento do digital e vai aumentar cerca de 5.2% em 2021, alcançando U$19,40 bi em 2021, de acordo com o eMarketer.
São considerados bens dessa categoria: produtos alimentícios, bebidas, produtos de limpeza, congelados, cigarros, itens de higiene e cosméticos.
A previsão para as FMCGs, sigla para “fast moving consumer goods” (algo como “produtos de giro rápido”) é de que, até 2025, o e-commerce de FMCG representará mais de 10% do total do no Brasill.
Confira informações sobre essas transformações e como a sua indústria pode acelerar a presença e o marketing digitais.

Mudanças no comportamento do consumidor
Migração de outras mídias para o digital
O tempo de uso das redes sociais e da internet como um todo não para de aumentar. Com isso, as pessoas estão pesquisando mais sobre os produtos e, consequentemente, comprando mais online.
Uso especialmente de smartphones para compras
As indústrias de bens de consumo estão investindo diretamente em anúncios voltados para o mobile e no formato de display e redes sociais. Os gastos com anúncios voltados para celular vão crescer 11,4% e alcançar 14,2 bilhões de dólares, o que corresponde a 73,2% de todos os gastos com anúncios digitais das FMCGs.
Crescimento de compras de bens essenciais
Durante a pandemia, o consumo de bens essenciais, como alimentos e produtos de higiene pessoal, aumentou consideravelmente. A Procter & Gamble, empresa que gasta mais com publicidade dentre as FMCGs, aumentou os gastos com anúncios na categoria produtos de limpeza e cuidados pessoais e a Unilever cortou a publicidade de sorvetes (sua principal categoria de alimentos) no auge da pandemia e realocou o investimento para produtos de higiene.
Aumento de downloads de aplicativos de e-groceries
Alguns anunciantes FMCGs cortaram gastos com produtos essenciais porque a demanda já estava superando a oferta. Por outro lado, alguns se concentraram mais na publicidade de desempenho, tentando impulsionar as vendas em marketplaces como Amazon e Walmart.
A pandemia também causou um aumento nos downloads de aplicativos de supermercado, o que colaborou para o crescimento do comércio móvel das indústrias de bens de consumo.
4 formas da sua indústria de bens de consumo acelerar o marketing digital
Colete dados de sellout
Esses indicadores são essenciais para identificar oportunidades de ativação em diversos canais de venda. Com o aumento do e-commerce, é possível criar selos em marketplaces e sites parceiros para facilitar a coleta de dados com granularidade suficiente para anúncios segmentados mais certeiros.
Venda direto para o consumidor
O consumidor dita o caminho que percorre na jornada. Assim, a necessidade de ser omnichannel é real. Quem não se adequar aos novos modelos acabará encontrando resistência mais à frente, quando o D2C deixar de ser tendência e for um mercado consolidado.
Crie formas de medir por atribuição
É fundamental descobrir os pontos de contato do consumidor, que influenciaram suas decisões de compra. Com essas informações em mãos, será possível determinar os canais ou mídias que mais estão levando à conversão e alocar as verbas de anúncios de acordo com os dados obtidos.
Trabalhe com audiências customizadas
Um CRM eficiente vai permitir a identificação de clusters existentes na sua base de clientes. Assim, você poderá ter insights relevantes sobre quais ofertas criar, a linguagem da comunicação de acordo com as personas e as melhores estratégias de ativação.