Supermercado é a bola da vez do e-commerce

Vendas nos “e-groceries” vão superar US$100 bi só nos EUA. No Brasil, milhões de pessoas fizeram suas primeiras compras por meio do supermercado online e disseram que vão continuar

Se as entregas de bebidas e alimentos já são rotina na vida de milhões de pessoas, receber as compras do mês em casa é algo novo para muitos, afinal, a entrega realizada pelos supermercados online é algo bastante recente.

A categoria de produtos de consumo não duráveis e de reposição sempre apresentou dificuldade logística e de custo de transporte e esses fatores colaboraram para a demora na inserção dos supermercados no mundo do comércio eletrônico.

Mas mesmo com essas limitações logísticas, sempre houve desejo do consumidor em contar com a conveniência de receber seus produtos alimentícios em casa.

Para os e-commerces a categoria tem um enorme apelo que é o mantra de todos: alta frequência de compras.

Números dos chamados “e-groceries”

Também conhecidos como “e-groceries”, os supermercados representam a categoria que mais cresceu no varejo online. Em 2021, a venda de produtos alimentícios pela internet vai ultrapassar a marca de 100 bilhões de dólares nos Estados Unidos, de acordo com dados do eMarketer.

Ainda de acordo com o eMarketer, na China, mais de 88% dos usuários de internet farão uma compra online este ano e que 41,2% de todas as vendas no varejo ocorrerão pela internet.

A China representa o maior mercado de supermercados online do mundo, especialmente graças à rede Alibaba, detentora da rede de supermercados HeMa. Com entregas de até 1 hora, a rede tem cerca de 1 milhão de novos registros por dia no seu aplicativo.

Já no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (AbComm), as compras em supermercados online chegaram a registrar aumento de 180% desde o início das medidas de isolamento contra a pandemia do novo coronavírus, em março de 2020.

Supermercados online demandam atualizações para varejo e indústria

A pandemia acelerou diversas tendências de consumo e a popularização das compras de produtos alimentícios via internet foi uma delas. O fato demonstra que tanto a indústria quanto os varejistas precisam se adaptar à nova forma de fazer negócio, a fim de oferecer a melhor experiência para o consumidor.

Listamos, a seguir, 4 principais transformações para que você atualize seu negócio:

1. Seja omnichannel

Uma rede de supermercados e de lojas físicas precisa ser digital e oferecer a possibilidade do consumidor comprar online. Além de oferecer o canal digital sua experiência precisa estar integrada a loja física

2. Seja obcecado por gerar a melhor experiência de compra do mercado

Se você já vende online, tenha certeza de que oferece a melhor experiência para seus consumidores. Isto é, invista na facilidade de acesso e navegação pela sua loja online ou aplicativo.

Por outro lado, se você ainda não vende online, os marketplaces podem representar uma ótima (e prática) alternativa, se você não quer ter sua estrutura própria. Assim, procure fazer parcerias com serviços de entrega sob demanda, como Cornershop, Rappi ou iFood.

3. Transforme os dados em um diferencial estratégico

Como uma parte considerável das compras serão realizadas no e-commerce, é possível que tenha a possibilidade de acessar dados de compras que você não tinha antes, seja você varejo ou indústria.

Com os dados de forma agregada, é possível que você conheça preferências de grupos de pessoas que compraram determinado produto e crie estratégias de marketing de forma mais assertiva.

4. Indústrias devem considerar a venda direta (D2C)

Com o florescimento dos e-commerce, as indústrias também podem vender para o consumidor final e ressignificar seu negócio. Vale testar o formato em datas comemorativas, como Páscoa e Natal, para ajustar a rota e alcançar números expressivos.

Portanto, com as transformações definitivas na forma de o consumidor comprar seus produtos alimentícios, sai na frente não só o varejista, mas também o fabricante que for capaz de perceber tendências no comportamento do consumidor e usar ativamente os dados e insights obtidos.

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