Tripoli: “ChatGPT é assistente da empresa, mas refinamento precisa ser feito à mão”

Sócio-fundador e CEO da Zmes, Marcelo Tripoli fala sobre IA, retail media, transformação digital e experiência das marcas

Publicado originalmente no site do Meio&Mensagem

Marcelo Tripoli: “não temos uma área de metaverso e nem vamos ter nos próximos seis meses” (Crédito: Divulgação)

Nos últimos meses, a Zmes ampliou o portfólio de clientes com as marcas Hypera Pharma, Ypê e Vivara. Segundo o sócio-fundador e CEO Marcelo Tripoli, a entrada destas empresas é consequência dos trabalhos centrados em transformação digital que a operação vem fazendo para clientes mais antigos, como Raia Drogasil e iFood, que tiveram início em um diagnóstico sobre planos estratégico de negócio, mas se desdobraram na execução e nas tomadas de decisão sobre diferentes instâncias, das melhores abordagens do e-commerce ao papel do marketing nos resultados.

Prestes a completar três anos de mercado, a Zmes se define como hibrido entre consultoria e agência que pretende, por meio do olhar criativo, resolver problemas de negócio. Nesta entrevista, Tripoli comenta um pouco sobre o atual momento da operação e do mercado:

Meio & Mensagem – Como tem sido a aplicação da transformação digital dos clientes da Zmes na prática?
Marcelo Tripoli – Nosso modelo é o de integração vertical do negócio, que parte de um desenho estratégico com análise financeira. Depois que traçamos esse plano, o cliente pode executar sozinho ou nos contratar para nos implementar. É um modelo que nos aproxima mais das consultorias e há uma bifurcação: o cliente pode nos contratar tal qual uma agência ou pode fazer uma incubação e, depois de um período, pode internalizar essa operação. Começamos forte com Raia Drogasil, montamos uma área de growth do zero. Estamos inclusive inscrevendo em Cannes o case “40 Mil Netos”, que digitalizou a experiência da população mais velha por meio dos 40 mil atendentes da farmácia. Esse trabalho nos habilitou a entrar no varejo: fomos contratados para acelerar a transformação digital de Hypera Pharma e de Ypê.

M&M – O que significa construir a digitalização da marca hoje?
Tripoli – Quando entramos em um cliente mapeamos toda a jornada do consumidor, desde o awareness, passando por conversão e, enfim, no lifetime value. Montamos uma agenda estratégica para fazer com que todos esses pontos de contato estejam ativados ao máximo. Na Raia Drogasil, a base de clientes consome produtos regularmente. Mas a pessoa não tem fidelidade garantida, então nosso trabalho é acertar a hora certa. Qual a hora que aquela pessoa vai ser lembrada que precisa comprar aquele medicamento? Utilizamos todos os pontos de contato de mídia e CRM para atrair o consumidor e, assim, temos aumentado o lifetime value de forma considerável. E isso tem muito a ver com utilização de dados e fazer com que virem a next best offer. É muito mais do que fazer campanha: tem a ver com dados, CRM, loja física. Por isso que é um trabalho muito mais consultivo.

M&M – E como as marcas têm trabalhado a parte da experiência?
Tripoli – A experiência de uma marca são todos os pontos de contato que o consumidor terá com aquela marca, é garantir que durante todo o ciclo de vida da interação os pontos de contato aumentem o engajamento do consumidor. Com a Vivara, que nos contratou para um planejamento estratégico, fizemos pesquisas quantitativas e qualitativas para entender quem é o consumidor da loja. A gente está montando quem são as personas compradoras de joia, entendendo quem é o presentador, quem é o presenteado. No caso de RD e Vivara, a experiência é mais que o aplicativo, é entender como o consumidor é atendido no ponto de venda físico.

M&M – As holdings globais de comunicação estão investindo muito em áreas que vão além da comunicação, como CRM e dados. Esse cenário coloca operações independentes e nacionais em desvantagem?
Tripoli – Vendi minha empresa anterior para a Sapient, vivi lá durante quatro anos e acompanhei a venda da Sapient para a Publicis. Posso garantir que essa narrativa não faz sentido porque a tecnologia que uma empresa grande usa hoje, são standard de mercado, não são propriedade de nenhuma agência. A tecnologia que sustenta 40 milhões de clientes da RD é a Salesforce, conectada a plataformas de Google, etc. O que é necessário é que empresas como Zmes ou de agências de holding é que tenham profissionais capacitados para operar essas plataformas. Existe concentração enorme em Oracle, SAP, Microsoft, Salesforce e qualquer tenoclogia de holding tem de estar plugada nessas plataformas. O cliente não quer que WPP ou Publicis tenha tecnologia proprietária para operar. Como a oferta digital é complexa, as holdings estão criando ofertas internas porque as agências isoladas não conseguem, pois são muito especialistas. Pegar CEOs e P&Ls diferentes e integrar dá muito trabalho.

M&M – Qual é a abordagem da Zmes em relação a áreas como metaverso e IA?
Tripoli – A gente prioriza essas áreas de conhecimento com base na demanda dos clientes. Não temos nenhum time dedicado ao metaverso e nem vamos ter pelos próximos seis meses. Na hora que tivermos um caso de uso, teremos. Não farei isso para ser cool ou para gerar PR. A gente não tem área de Web3. É uma curadoria minha, viajo para festivais de inovação seis vezes por ano e meço o que vai gerar valor para nossos clientes. Estamos usando regularmente IA com nossos clientes: fazemos captação e growth de entregadores do iFood no Brasil inteiro, então temos de ter agilidade e regionalizar o conteúdo. Estamos utilizando a ferramenta Jasper para produzir mais de mil peças para comunicação regionalizada. Acelera o trabalho dos redatores, que produzem cem em vez de dez peças. IA não é mais questão de moda, pois já ajuda no resultados dos clientes.

M&M – IA chega a ajudar a ter insights para as diferentes disciplinas e áreas da empresa?
Tripoli – A IA ajuda a trazer insights sobre determinado mercado, em termos de números, tendências. Meus consultores utilizam ChatGPT assim como usam Google e outras ferramentas. Mas é preciso checar as informações. Hoje, o ChatGPT é quase um assistente de todo colaborador da Zmes. O refinamento precisa ser feito à mão, mas o grosso do trabalho já é feito por essas ferramentas. Nossa cultura estimula os testes.

M&M – Qual a próxima fronteira para retail media?
Tripoli – Fazemos a consultoria estratégica de retail media de Raia Drogasil, toda a parte de go to market, precificação, como medir resultados. Do lado da indústria, estamos ajudando Ypê e Hypera a entrar dentro dos varejistas. Tem dois lados da equação, pois estamos na ponta da indústria e do varejo. O varejo quer mostrar para a indústria que deveria descolar o dinheiro de mídia que está gastando com Facebook e Google em retail media. E estão sendo eficientes nisso porque têm varias vantagens, sendo a principal o conhecimento sobre quem é o shopper. É um dado poderoso e que o Facebook e o Google não têm. E há a mensuração da venda, que é o grande desafio de qualquer empresa, porque como saber que quem viu aquele anúncio comprou o produto? A RD sabe. No caso da indústria, tem a ver com coletar dados primários de quem está comprando, com conhecer o consumidor. Não dá para a indústria seguir lendo pesquisas de mercado agregadas, sem dados primários. Temos ajudado os clientes de CPG a criar mecanismos de coleta de dados.

    A revolução da K-Beauty: redefinindo a beleza e inspirando marcas em todo o mundo

    Descubra como a rotina de beleza sul-coreana está desafiando os padrões tradicionais de beleza e influenciando a indústria cosmética global.

    Publicado originalmente no site da Exame.

    Por Marcelo Tripoli, CEO da Zmes

    Nos últimos anos, a rotina de beleza sul-coreana conhecida como K-Beauty (Korean Beauty) tem conquistado o mundo da indústria cosmética com sua abordagem inovadora e resultados impressionantes. Originada na Coreia do Sul, essa tendência revolucionária não se trata apenas de uma rotina de cuidados com a pele, mas também de um estilo de vida. A K-Beauty combina ingredientes naturais, tecnologia avançada e um foco holístico na saúde e na beleza para criar uma abordagem única e eficaz para o cuidado da pele.

    Durante minha visita hoje à Amorepacific, um chaebol (denominação para os grandes conglomerados empresariais da Coreia do Sul) de beleza e cosméticos sul-coreano presente no mercado há 78 anos e operando mais de 30 marcas, fiquei encantado com o conceito que cada dia mais vem ganhando força. Por isso, neste artigo, explorarei os principais conceitos que aprendi da K-Beauty, seus benefícios e como ela está redefinindo os padrões de beleza em todo o mundo.

    A filosofia: esta rotina de beleza se baseia em um cuidado preventivo e abrangente da pele. Em vez de apenas tratar problemas específicos, a abordagem coreana enfatiza a importância de manter uma pele saudável e radiante desde cedo. Isso é alcançado por meio de uma rotina de cuidados diários em várias etapas, que inclui limpeza profunda, hidratação intensa, nutrição e proteção solar.

    Ingredientes naturais e inovação tecnológica: um dos aspectos mais distintos é a utilização de ingredientes naturais, muitos dos quais são provenientes da rica flora coreana. Frequentemente, são usados extratos de plantas como chá verde, que contém poderosos antioxidantes em suas folhas, capazes de manter a pele jovem e luminosa. Além disso, a ginseng é conhecida na medicina herbal asiática por reverter os sinais de envelhecimento da pele, com excelentes efeitos de regeneração. A indústria coreana investe pesadamente em pesquisa e desenvolvimento para criar fórmulas inovadoras, como a máscara de dormir apresentada pela Amorepacific, que hidrata intensamente, proporcionando uma pele mais brilhante e saudável pela manhã, ativando mecanismos de desintoxicação da pele durante o sono.

    Rotina de cuidados com a pele em múltiplas etapas: embora possa parecer uma rotina demorada, a abordagem coreana valoriza o autocuidado e a dedicação à saúde da pele. Normalmente composta por cerca de dez etapas, esse processo busca limpar, hidratar e nutrir a pele para obter uma aparência jovem e saudável. Um dos motivos pelos quais esse tipo de skincare ganhou tanta popularidade é a obtenção de resultados visíveis. Através de sua abordagem inovadora e produtos eficazes, a indústria coreana conseguiu atender às necessidades de diversos tipos de pele. Além disso, a K-Beauty também é conhecida por sua acessibilidade. Embora existam produtos de luxo disponíveis, muitas marcas coreanas oferecem opções acessíveis e de alta qualidade, permitindo que um público mais amplo experimente os benefícios dessa tendência.

    Influência global e mudança nos padrões de beleza: sua abordagem única para a beleza e o foco na pele saudável inspiraram a indústria cosmética em todo o mundo. Muitas marcas ocidentais agora buscam incorporar os conceitos e ingredientes da K-Beauty em seus próprios produtos. Além disso, a K- Beauty desafiou os padrões tradicionais de beleza, promovendo a aceitação da pele natural e encorajando as pessoas a abraçarem sua individualidade.

    A K-Beauty vai além de ser apenas uma tendência passageira. Ela representa uma abordagem revolucionária para o cuidado da pele, colocando a saúde, a prevenção e a eficácia como prioridades. Por meio de sua filosofia única, uso de ingredientes naturais, inovação tecnológica e resultados visíveis, ela conquistou o mundo, transformando a maneira como as pessoas cuidam da pele e redefinindo os padrões de beleza. Essa influência se estende além das fronteiras da Coreia do Sul, inspirando marcas em todo o globo a adotarem essa abordagem distinta. À medida que mais indivíduos descobrem os benefícios dessa abordagem holística, é certo que a K-Beauty continuará a prosperar, inspirando a indústria cosmética global a seguir seu exemplo.

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    Desvendando os pilares do crescimento econômico sul-coreano

    Como valores tradicionais e modernos impulsionam o crescimento do país asiático e promovem a inovação tecnológica

    Publicado originalmente no site da Exame.

    Por Marcelo Tripoli, CEO da Zmes

    Em meu segundo dia em Seul, na Coreia do Sul, tive a oportunidade de participar de uma palestra ministrada pelo Dr. David Tizzard, especialista em Estudos Coreanos, que abordou a fascinante cultura sul-coreana.

    A influência dessa cultura no desenvolvimento econômico do país tem sido fundamental para compreender o sucesso alcançado nas últimas décadas.

    Essa influência desempenhou um papel crucial na formação da identidade nacional e no estabelecimento de valores e comportamentos que impulsionaram o crescimento econômico. A Coreia do Sul é amplamente reconhecida pela sua indústria do entretenimento, com destaque para o K-pop, que conquistou popularidade global

    Empresas como a JYP Entertainment têm se destacado nesse setor, alcançando sucesso tanto no mercado doméstico quanto internacional. O K-pop tornou-se uma poderosa ferramenta de promoção da cultura sul-coreana, atraindo turismo e investimentos estrangeiros.

    Além do entretenimento, a Coreia do Sul também se destacou em setores como tecnologia, automóveis, eletrônicos e indústria pesada. Esses avanços econômicos foram impulsionados pela mentalidade empreendedora e inovadora dos sul-coreanos, conhecidos por seu trabalho árduo, disciplina e dedicação.

    A educação desempenhou um papel crucial nesse desenvolvimento econômico. O sistema educacional do país é altamente valorizado e coloca grande ênfase na excelência acadêmica. Os sul-coreanos possuem uma forte ética de trabalho e uma busca incansável pela educação, o que contribui para a formação de uma força de trabalho altamente qualificada e produtiva.

    Outro ponto em destaque é a hierarquia social e os valores confucianos, oriundos da China antiga, que também têm sua parcela no desenvolvimento econômico do país. O confucionismo enfatiza a importância das relações interpessoais e a obediência às autoridades. Esses valores foram tradicionalmente aplicados nas empresas, com uma forte cultura de respeito pelos superiores hierárquicos. Essa hierarquia nas relações sociais e empresariais ajudou a manter a ordem e a eficiência nas organizações, facilitando o desenvolvimento econômico.

    No entanto, nos últimos anos, a Coreia do Sul passou por mudanças significativas em relação ao individualismo e à igualdade de gênero. O país está cada vez mais influenciado por valores ocidentais, como a busca pela autonomia individual e a valorização da diversidade. Essa mudança cultural tem impactado as relações sociais e a forma como as pessoas abordam o trabalho e a carreira.

    Jeong , e o conceito coreano único

    Mais um aspecto único da cultura sul-coreana é o conceito de “jeong” (정/情). Que, em resumo, é a sensação calorosa de apego entre pessoas que compartilham um relacionamento próximo. Embora outras culturas também tenham afeição por pessoas próximas, o que torna o jeong exclusivamente coreano? Em comparação com culturas ocidentais individualistas, na Coreia, esse sentimento está baseado na ideia de responsabilidade social coletiva.

    O jeong pode ser descrito como sentimentos íntimos e calorosos que surgem em um relacionamento com outra pessoa e o desejo de fazer algo por ela. Em alguns momentos, essa atenção e preocupação podem parecer excessivas ou até mesmo uma invasão de privacidade, mas em um mundo onde a sociedade está cada vez mais fragmentada e individualizada, o cuidado com aqueles ao seu redor expresso por meio do jeong se torna cada vez mais valioso.

    Esse conceito desempenha um papel importante nas relações sociais e nos laços familiares na Coreia do Sul. É uma expressão de solidariedade e compromisso com o bem-estar dos outros, especialmente daqueles que são considerados próximos. Essa conexão emocional fortalece os laços sociais e contribui para a coesão da sociedade coreana.

    O uso do “eu” e características do idioma

    Já no idioma coreano, é interessante observar que algumas conjugações verbais não incluem explicitamente a palavra “eu”. Isso reflete uma característica cultural mais ampla na qual o coletivo e o relacionamento com os outros são valorizados sobre o individualismo.

    A estrutura das frases e o uso de pronomes pessoais podem variar dependendo do contexto e da relação entre o falante e o interlocutor. Em muitos casos, as pessoas optam por usar formas de expressão que minimizam a ênfase no “eu” individual e destacam a conexão com o grupo ou com a sociedade em geral.

    Uma das maneiras mais comuns de evitar o uso explícito de pronomes pessoais é através do uso de verbos e adjetivos descritivos sem sujeito. Essa preferência por uma linguagem mais indireta e menos centrada no “eu” também se manifesta em outros aspectos da comunicação na cultura sul-coreana. Nas conversas cotidianas, é comum evitar elogios diretos ou declarações de orgulho pessoal excessivo. Em vez disso, os coreanos frequentemente se referem a realizações e qualidades de forma mais modesta ou atribuem o sucesso a outros fatores, como o apoio da família ou a ajuda de colegas. Essa ênfase na coletividade e na modéstia reflete os valores culturais da sociedade sul-coreana, que destaca a importância das relações interpessoais e a harmonia social. O indivíduo é visto como parte de um todo maior e, portanto, a linguagem é usada para expressar essa visão de mundo.

    É importante destacar que nem todas as formas de comunicação na cultura sul- coreana evitam o uso do pronome pessoal “eu”. Existem situações em que o uso de pronomes é apropriado e necessário, especialmente em contextos mais formais ou ao expressar opiniões pessoais. No entanto, a tendência geral de enfatizar o coletivo sobre o individual é uma característica cultural significativa que também se reflete na linguagem coreana.

    Além disso, precisamos lembrar que a cultura sul-coreana é complexa e multifacetada. Embora a Coreia do Sul seja conhecida por seus avanços econômicos, é igualmente importante reconhecer as pessoas comuns que compõem a sociedade e que contribuem diariamente para o desenvolvimento do país. São esses “heróis anônimos” que trabalham duro, pagam seus impostos e cuidam de suas famílias que sustentam a economia e impulsionam o progresso.

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    Na Coreia do Sul, o “coreano médio” está desaparecendo; entenda o motivo

    Ao menos o conceito. Entenda como a polarização econômica, diversidade de relações e o desaparecimento da média com medida para fenômenos sociais estão transformando a Coreia do Sul

    Publicado originalmente no site da Exame.

    Por Marcelo Tripoli, CEO da Zmes

    Coreia do Sul deverá passar por uma nova transformação nessa década. A constatação vem da prestigiada Drª. Soojin Lee, Ph.D. em Ciência do Consumidor e coautora do Consumer Trend Korea 2023, um relatório anual publicado desde 2008, que visa oferecer às empresas insights sobre as mudanças econômicas e de tendências do consumidor do país.

    Parte de seus estudos foi apresentado durante minha primeira incursão em Seul, durante uma apresentação na prefeitura da capital. O pesquisador revelou inúmeras tendências, motivo pelo qual os autores do relatório estão questionando se o mesmo não deve passar a ser semestral em vez de anual. No entanto, gostaria de destacar as duas tendências que mais me chamaram a atenção.

    A primeira delas é o desaparecimento da média, em que o valor médio como medida representativa de um grupo está se tornando insignificante. Isso ocorre devido à polarização, em que os valores se concentram em extremos, à multipolaridade, em que os valores individuais estão amplamente dispersos, e à unipolaridade, em que os valores se inclinam para um lado. Essa tendência é impulsionada pelo capitalismo, que gera divisões entre ricos e pobres, intensificadas pela pandemia e pela economia de plataforma, onde poucos se destacam.

    Além disso, as empresas precisam se adaptar a esse novo cenário, adotando estratégias claras. Podem escolher um lado em direção a um dos extremos, personalizar suas estratégias para atender a pequenos grupos específicos ou construir um amplo ecossistema que os concorrentes não possam imitar. É hora de “redistribuir a média” e reconhecer a diversidade que reflete uma sociedade cada vez mais individualizada.

    A segunda tendência abordada foi a evolução das relações sociais e como ela está relacionada ao desenvolvimento dos meios de comunicação. Antes, estabelecer relações significava formar amizades próximas com poucas pessoas. Agora, as relações são gerenciadas de forma eficiente, com diferentes tipos de relacionamentos indexados de acordo com seu propósito. Esse conceito, chamado de “Relações Indexadas”, envolve três estágios: criação, categorização e gerenciamento. À medida que os meios de comunicação se diversificam, os relacionamentos se tornam mais complexos em termos de intimidade. A forma como nos relacionamos está se tornando mais diversificada e complexa, exigindo uma abordagem adaptativa e flexível.

    Avanço tecnológico

    Essas mudanças refletem a influência do avanço tecnológico e da transformação da sociedade. É fundamental compreender a importância das Relações Indexadas e estar disposto a se adaptar a esse novo paradigma, construindo e gerenciando relacionamentos com propósito claro e atenção às necessidades mutáveis de uma sociedade em constante evolução.

    Durante a palestra, Dr. Soojin Lee também explicou sobre o tema central do livro “Rabbit Jump” (“Salto do Coelho”), que é um acrônimo para apresentar dez conceitos distintos. Ela explicou que essa escolha está relacionada ao fato de 2023 ser o ano do coelho e se inspira em um dos seus adágios favoritos, que pode ser traduzido como “o coelho astuto escava três túneis secretos para se esconder”. Essa metáfora simboliza a importância de se adaptar e se ajustar às mudanças em um mundo em constante transformação.

    Essas tendências apontam para grandes transformações na sociedade contemporânea, impulsionadas pela polarização econômica e pela busca incessante de excelência e diversidade no mercado. Além disso, a evolução das relações pessoais reflete uma nova abordagem no gerenciamento e categorização dos relacionamentos. É um reflexo da maneira como nos conectamos e interagimos em um contexto em constante evolução. Amanhã, estarei de volta com mais atualizações diretamente da Coreia do Sul. Fiquem atentos para mais novidades e insights sobre esses temas fascinantes.

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    Explorando a inovação na Coreia do Sul: O que está por trás do IDH alto e indústria forte do país?

    Com influência cultural global e atualmente um polo efervescente de inovação, Seoul tem lições para o Brasil sobre como transformar crises em oportunidades; saiba mais sobre o país em uma jornada documentada por Marcelo Tripoli, CEO da Zmes

    Publicado originalmente no site da Exame.

    Muito além de ser a terra dos doramas e k-pop, a Coreia do Sul é um expoente do desenvolvimento acelerado da Ásia. Um claro indicador que sinaliza essa evolução é o índice de desenvolvimento humano (IDH) do país, atualmente um dos melhores do mundo, e impulsionado por meio de investimentos no sistema educacional, além de um programa desenvolvimentista nos anos 1970 e 80 que deu certo, e ajudou a formar uma eficiente indústria que tem como símbolos empresas do porte de Samsung, Hyundai e LG.

    Em visita ao país, iniciada na última semana, Marcelo Tripoli, CEO da Zmes, programou um itinerário de descobertas sobre a Coreia do Sul contemporânea e seus mais recentes avanços tecnológicos. Com uma programação diversa, ele terá acesso a alguns dos principais locais de inovação da capital do país, a iluminada Seul. Entre eles, o prestigiado Centro de Inovação da Hyundai e o Seul Metropolitan Government, um centro de inovação e liderança de destaque na cidade.

    Durante a estadia, o empresário brasileiro participará de talks com profissionais e especialistas de diversas áreas. A ideia é entender como o país hoje se prepara para expandir sua já relevante economia, que deve ver na indústria, que representa 32,6% do PIB e emprega 25% da força de trabalho no país, a maior engrenagem de crescimento.

    As trocas de ideias com líderes e inovadores locais devem proporcionar uma visão aprofundada do poder de superar crises e transformá-las em chances de crescimento. Não por a caso, a Coreia do Sul é reconhecida mundialmente como um verdadeiro hub de inovação, que já superou o Brasil no número de startups que se tornaram unicórnios. Segundo dados da Tipaldi, na lista de países com o maior número de startups que conseguem romper a barreira do bilhão, a Coréia do Sul aparece em nona posição — o Brasil, em décima.

    Acompanhe de perto essa jornada inspiradora através das redes sociais da Zmes e no site de EXAME, onde serão compartilhados insights, aprendizados e momentos dessa imersão na cultura empresarial de Seul.

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    Empresários brasileiros visitam Coreia do Sul em busca de referências tecnológicas

    Marcelo Trípoli, CEO e fundador da Zmes, detalhou a viagem em entrevista à CNN neste domingo (21)

    Publicado originalmente no site da CNN Brasil.

    Marcelo Tripoli para CNN Brasil

    Um grupo de 40 empresários brasileiros está em Seul para ter uma experiência imersiva no mercado de tecnologia da capital sul-coreana.

    Marcelo Trípoli, CEO e fundador da Zmes, afirmou, em entrevista à CNN neste domingo (21), que o objetivo dos executivos é aplicar o conhecimento tecnológico do país asiático no Brasil.

    “Vamos visitar uma série de empresas, órgãos governamentais e instituições para entender o que fez a Coreia do Sul crescer e multiplicar seu PIB através do investimento em educação e tecnologia”, disse Trípoli.

    “A ideia é que esse conhecimento que está sendo exposto vire um relatório e possa ser aplicado nos nossos negócios”, acrescentou.

    Veja a íntegra da entrevista no vídeo acima.

    Tendências que as marcar precisam adotar para atender à Geração Z em 2023

    A importância de se adaptar às mudanças dos hábitos de consumo dessa geração para manter a competitividade no mercado

    Os hábitos dos consumidores estão mudando rapidamente, e é importante que as empresas se adaptem a essas mudanças se quiserem manter-se competitivas no mercado. A Geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1997 e 2012, está se tornando uma grande força motriz nessa mudança. Eles têm um tempo de atenção mais curto, hábitos sociais de compra diferentes e falta de lealdade à marca. Isso significa que as empresas precisam se adaptar às necessidades da Geração Z para manter sua base de clientes em crescimento.

    Uma das principais tendências para 2023 é a evolução dos serviços financeiros para atender às necessidades da Geração Z. Essa geração está mais interessada em tecnologia financeira do que em bancos tradicionais, o que significa que as instituições financeiras precisam oferecer serviços digitais e móveis avançados para atender a essa demanda. Além disso, a Geração Z tem um desejo crescente por transparência, especialmente em relação a questões financeiras. As empresas que conseguirem ser mais transparentes em suas operações terão maior probabilidade de conquistar a confiança dos membros da Geração Z.

    Outra tendência importante para 2023 é a evolução da publicidade para atender às necessidades da Geração Z. Essa geração é muito seletiva em relação à publicidade que consome e prefere marcas que sejam autênticas e alinhadas com seus valores. Isso significa que as empresas precisam criar anúncios que sejam relevantes e atraentes para a Geração Z, e que ofereçam um valor real para eles. As empresas também precisam estar presentes nas plataformas de mídia social que a Geração Z usa, como TikTok, Instagram e Snapchat, e criar campanhas de publicidade que sejam adequadas para essas plataformas.

    Uma terceira tendência para 2023 é a evolução das redes sociais para atender às necessidades da Geração Z. A Geração Z é a primeira geração que cresceu com acesso à internet e está altamente envolvida em redes sociais. No entanto, eles têm um interesse menor em plataformas como o Facebook e estão mais interessados em plataformas como o TikTok e o Instagram. Isso significa que as empresas precisam estar presentes nessas plataformas para alcançar a Geração Z, e criar conteúdo que seja relevante e interessante para eles.

    Por fim, uma quarta tendência para 2023 é a evolução do varejo para atender às necessidades da Geração Z. Essa geração é muito mais propensa a comprar online do que em lojas físicas, e espera uma experiência de compra omnichannel que combine as vantagens do comércio eletrônico e do varejo físico. Isso significa que as empresas precisam criar uma experiência de compra perfeita em todas as plataformas, oferecendo uma experiência de compra consistente e sem interrupções.

    Em resumo, a Geração Z está mudando a forma como as empresas fazem negócios e, em 2023, as empresas precisarão se adaptar às necessidades dessa geração para manter-se competitivas. As quatro principais tendências para 2023 incluem a evolução dos serviços financeiros, publicidade, redes sociais e varejo para atender às necessidades da Geração Z. As empresas que conseguirem se adaptar às necessidades dessa geração terão mais chances de conquistar sua confiança e fidelidade, garantindo assim sua sobrevivência e crescimento no mercado. O futuro é digital, e as empresas precisam estar preparadas para se adaptar às tendências emergentes se quiserem continuar a crescer e a prosperar no mercado altamente competitivo de hoje.

    Clube CMO : Noite de diversidade e inclusão

    Rachel Maia – fundadora da RM Consulting para Diversidade, Equidade e Inclusão. Membro do Conselho de Administração da Vale, CVC e Paco Global ONU – e Vivi Duarte – CEO da Plano Feminino, a primeira consultoria para empresas e marcas com foco em gênero, raça e diversidade do Brasil, e presidente do Instituto Plano de Menina, um projeto social que capacita meninas por meio de workshops e as conecta a vagas de emprego em grandes empresas do país – participaram do encontro do Clube CMO na Casa DUPAC, em São Paulo, para discutir a importância da diversidade e inclusão no ambiente corporativo. O evento, organizado pela Exame em parceria com a Zmes, teve como objetivo promover a conscientização sobre a necessidade de transformar as empresas em espaços mais acolhedores e diversos.

    Durante o debate, mediado pela jornalista Marina Filippe, as consultoras destacaram a responsabilidade de cada indivíduo em ser um agente de mudança, contribuindo para a construção de um ambiente de trabalho inclusivo. Elas ressaltaram que antes de cobrar uma postura mais diversa das empresas, é fundamental que todos reconheçam sua própria capacidade de impacto e se envolvam ativamente nesse processo.

    Vivi Duarte salientou que a diversidade não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma oportunidade para as empresas. Segundo ela, marcas com propósito ganham mais , e trazer pessoas diversas para as organizações significa trazer novas ideias e ampliar os mercados.

    Já Rachel Maia enfatizou a importância do letramento de todas as pessoas, independentemente de gênero, cor ou orientação sexual. Ela ressaltou que a inclusão não é uma responsabilidade exclusiva das pessoas negras, por exemplo, e que indivíduos de todas as origens podem e devem ser aliados na promoção da diversidade.

    O Clube CMO é um espaço de networking e aprendizado voltado para líderes de marketing de diversas organizações. O objetivo é promover a troca de conhecimento, resolução de problemas e discussões produtivas sobre o mercado publicitário. Os associados têm a oportunidade de participar de jantares de relacionamento e encontros de aprendizagem com especialistas nas áreas abordadas.

    Além disso, o Clube CMO possibilita a participação ativa dos membros no conteúdo da Exame, por meio de podcasts, matérias de cobertura dos eventos e colunas. Com o patrocínio da HYPR, NEOOH e Salesforce, e o apoio da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), o clube tem se consolidado como um importante ponto de referência para profissionais de marketing interessados em promover a diversidade e a inclusão em suas respectivas áreas de atuação.

    O encontro contou com a presença de diversos profissionais engajados na busca por um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo. A troca de experiências e ideias promovida pelo evento certamente contribuirá para inspirar e orientar empresas e profissionais interessados em promover a diversidade em suas organizações.

    Confira quem estava por lá em nossa galeria a seguir:



    Transformação digital: Como as novas ferramentas podem impulsionar sua empresa?

    Ferramentas de IA generativa e low-code/no-code estão mudando a maneira como as empresas desenvolvem software

    Publicado originalmente no Meio & Mensagem

    Na semana passada, tivemos a oportunidade de participar do Web Summit Rio e testemunhar as tendências emergentes que apontam para a aceleração da transformação digital. Uma dessas tendências é o aumento do uso de ferramentas de inteligência artificial generativa e de low-code e no-code, que têm o potencial de mudar radicalmente a maneira como as empresas desenvolvem software.

    Um exemplo notável é o lançamento do Copilot X pelo CEO do GitHub. Esta ferramenta revolucionária permite gerar código a partir de solicitações em linguagem natural, destacando o nível de sofisticação que a inteligência generativa está alcançando. Outras big techs, como a Amazon, estão seguindo o mesmo caminho, lançando suas próprias ferramentas de IA generativa focadas em desenvolvimento de software. Espera-se que essa tendência só aumente nos próximos meses, à medida que mais concorrentes entram no mercado.

    Abaixo, discutimos como essas ferramentas podem ajudar as empresas a acelerar a digitalização de seus processos de desenvolvimento de software e quais os principais benefícios que elas oferecem.

    Inteligência artificial generativa

    A inteligência artificial generativa é uma forma de inteligência artificial que permite que as máquinas criem conteúdo original, como imagens, música e texto. Quando se trata de desenvolvimento de software, a inteligência artificial generativa pode ser usada para gerar trechos de código automaticamente.

    Uma das principais vantagens da inteligência artificial generativa é a velocidade com que ela pode criar código. Em vez de escrever código do zero, os desenvolvedores podem usar ferramentas como o GPT-4, da OpenAI, para gerar trechos de código rapidamente. Além disso, a inteligência artificial generativa pode ajudar a garantir que o código gerado seja de alta qualidade, reduzindo o número de erros e melhorando a eficiência.

    Low-code e no-code

    As ferramentas de low-code e no-code são outra forma de acelerar a digitalização de empresas, permitindo que pessoas sem formação em programação criem aplicativos e softwares sem escrever código. Com essas ferramentas, os usuários podem criar interfaces arrastando e soltando elementos e conectando-os para criar fluxos de trabalho e automatizar processos.

    As ferramentas de low-code e no-code são ideais para empresas que desejam desenvolver aplicativos internos personalizados, sem precisar contratar uma equipe de desenvolvedores. Além disso, essas ferramentas podem reduzir o tempo de desenvolvimento e permitir que as empresas lancem seus produtos no mercado mais rapidamente.

    Benefícios das ferramentas de IA generativa e de low-code e no-code

    As ferramentas de inteligência artificial generativa e de low-code e no-code oferecem uma série de benefícios para as empresas que desejam acelerar a digitalização de seus processos de desenvolvimento de software. Entre eles, podemos destacar:

    – Redução de custos: o uso de ferramentas de IA generativa e de low-code e no-code pode reduzir o custo de desenvolvimento, pois as empresas precisam de menos recursos e tempo para desenvolver seus produtos.

    – Aumento da produtividade: essas ferramentas permitem que os desenvolvedores criem software mais rapidamente, reduzindo o tempo de desenvolvimento e aumentando a produtividade da equipe.

    – Melhora da eficiência: a inteligência artificial generativa pode ajudar a reduzir o número de erros no código, melhorando a eficiência do software produzido.

    – Maior flexibilidade: as ferramentas de low-code e no-code permitem que pessoas sem formação em programação criem aplicativos e fluxos de trabalho personalizados, oferecendo maior flexibilidade para a empresa.

    – Lançamento mais rápido no mercado: com a redução do tempo de desenvolvimento, as empresas podem lançar seus produtos no mercado mais rapidamente, ganhando uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes.

    Casos de uso brasileiros

    No Brasil, muitas empresas já estão utilizando ferramentas de inteligência artificial generativa e de low-code e no-codepara acelerar a digitalização de seus processos de desenvolvimento de software. Algumas dessas empresas incluem:

    – Itaú Unibanco: o Itaú Unibanco está usando ferramentas de low-code para desenvolver novos aplicativos e fluxos de trabalho para seus funcionários. A empresa já lançou vários aplicativos internos usando essas ferramentas e espera acelerar ainda mais a digitalização de seus processos de negócios.

    – Natura: a Natura, uma empresa de cosméticos brasileira, está usando ferramentas de inteligência artificial generativa para criar campanhas publicitárias mais eficazes. A empresa criou um modelo de IA que pode gerar textos e imagens para campanhas publicitárias automaticamente, reduzindo o tempo necessário para criar uma nova campanha.

    – iFood: o iFood, um dos principais aplicativos de entrega de alimentos no Brasil, está usando ferramentas de inteligência artificial generativa para criar recomendações personalizadas para seus usuários. A empresa criou um modelo de IA que pode analisar o histórico de pedidos dos usuários e recomendar novos restaurantes e pratos com base em suas preferências.

    Copolit X do Github

    CEO do GitHub, Thomas Dohmke,  desenvolvendo um aplicativo em menos de 20 minutos, ao vivo, na frente de centenas de pessoas durante seu talk no Web Summit Rio. 

    Além das ferramentas de inteligência artificial generativa e de low-code e no-code, outra ferramenta que pode ajudar as empresas a acelerar a digitalização de seus processos de desenvolvimento de software é o Copilot X do GitHub.

    O Copilot X é uma extensão do GitHub que usa inteligência artificial para ajudar os desenvolvedores a escrever código. Com essa ferramenta, os desenvolvedores podem digitar uma descrição em linguagem natural do que eles querem que o código faça, e o Copilot X gera automaticamente o código correspondente.

    O Copilot X é uma ferramenta poderosa que pode ajudar os desenvolvedores a escrever código mais rapidamente e com menos erros. No entanto, assim como com qualquer ferramenta de IA, é importante lembrar que o Copilot X não é infalível e ainda pode exigir supervisão humana para garantir que o código gerado seja de alta qualidade.

    Conclusão

    As ferramentas de inteligência artificial generativa e de low-code e no-code, juntamente com o Copilot X do GitHub, estão ajudando as empresas a acelerar a digitalização de seus processos de desenvolvimento de software, oferecendo uma maneira mais rápida e eficiente de criar software de alta qualidade. Com o uso dessas ferramentas, as empresas podem reduzir o tempo e o custo de desenvolvimento, aumentar a produtividade, melhorar a eficiência e lançar seus produtos no mercado mais rapidamente. É importante que as empresas avaliem cuidadosamente suas necessidades e objetivos antes de decidir qual ferramenta usar e garantir que seus funcionários estejam adequadamente treinados para aproveitar ao máximo essas novas tecnologias

    A necessidade de uma medição consistente em um cenário que prioriza o digital

    Relatório anual de marketing da Nielsen de 2023

    Nielsen, líder global em medição de audiência, dados e análises, divulgou seu Relatório Anual de Marketing de 2023, que descobriu que 84% dos profissionais de marketing estão incluindo plataformas de streaming em seu planejamento de mídia para atingir suas audiências, mas apenas 49% dos entrevistados veem OTT e CTV como canais de publicidade eficazes.

    O quinto relatório anual, que pesquisou quase 2.000 profissionais de marketing em todo o mundo em dezembro de 2022, descobriu que anunciantes e agências carecem de dados completos e comparáveis, prejudicando sua capacidade de entender completamente a crescente afinidade do público por conteúdo sob demanda que atenda melhor às suas preferências pessoais entregue por plataformas digitais. Apenas 53% dos profissionais de marketing estão confiantes na medição do funil completo e 69% concordam que a fragmentação da mídia digital e do público em meio ao aumento do streaming apresenta desafios significativos para alcançar seus públicos-alvo, destacando uma necessidade crescente de medição precisa, comparável e representativa de mídia cruzada em dispositivos e plataformas.

    O Relatório Anual de Marketing de 2023 pesquisou profissionais de marketing sobre as implicações do ambiente econômico recessivo, gastos planejados em mídia, dados de público, mix de mídia inclusiva de streaming, desafios de medição de mídia cruzada e tecnologia de medição. As principais descobertas incluem:

    1. Deixando de lado os ventos contrários econômicos, os profissionais de marketing esperam que seus orçamentos de publicidade cresçam: Pouco menos de dois terços dos profissionais de marketing da América Latina (63%) disseram que as condições econômicas tiveram um impacto extremo ou significativo no planejamento para 2023. No entanto, 64% esperam que seus orçamentos anuais aumentem este ano.

      Os resultados da recente pesquisa mostram que as marcas estão ajustando suas estratégias de marketing para atender ao público onde onde eles estão. Dado o recente aumento no uso do streaming, 86% dos profissionais de marketing profissionais de marketing da América Latina afirmam que agora incluem canais de streaming em seus planos de mídia. Eles também entendem a importância de saber quem está quem está se envolvendo com os dispositivos e canais que veiculam sua publicidade, já que 68%, em média, reconhecem a importância de uma medição comparável entre os canais. 

    1. O streaming é o futuro, mas ainda precisa provar seu valor para os profissionais de marketing: O crescimento do streaming ilustra o futuro de como o público se envolverá com a TV. Os profissionais de marketing da América Latina veem a oportunidade, pois 86% dizem que agora incluem o streaming em seu planejamento de mídia. No entanto, pouco menos da metade (49%), no entanto, considera esse gasto extremamente ou muito eficaz.
    1. A confiança na medição do ROI é baixa nos canais digitais: a confiança dos profissionais de marketing em poder medir o os retornos de seus gastos é relativamente baixa no nível de canal. Em média, na América Latina, a confiança dos profissionais de marketing na medição do ROI em canais digitais é de 58%, o que os deixa sem uma visão do retorno completo de seus gastos.
    1.    O uso de várias ferramentas de medição dificulta a confiança em uma visão única do desempenho da audiência: Considerando as metodologias historicamente diferentes para medição linear e digital, o uso generalizado de várias soluções de medição é um fator na confiança declarada dos profissionais de marketing em chegar a uma medição consistente, no nível da pessoa em todos os dispositivos e plataformas. Em média, 65% dos profissionais de marketing da América Latina América Latina usam várias soluções de medição para obter para chegar à medição entre mídias, sendo que 17% utilizam quatro ou cinco.

    “Em um mundo de mídia complexo, com proliferação de canais e mudanças no comportamento do consumidor, a comparabilidade pode garantir a integridade e consistência dos dados e medições, levando a clareza e verdadeiro sucesso em resultados”, disse Jamie Moldafsky, Diretora de Marketing e Comunicações da Nielsen. “Para os profissionais de marketing, isso significa focar no cliente, testar novos canais, aprender onde pivotar e se apoiar em novas capacidades. E com a audiência em mente, é crítico alavancar as entradas e dados de mais alta qualidade para informar seu caminho adiante. Com um olho no futuro, a verdadeira medição de mídia cruzada requer pensamento transformador que coloque a audiência à frente de uma crescente variedade de ferramentas e soluções que medem no nível do canal.”

    Este é o quinto Relatório Anual de Marketing produzido pela Nielsen. O relatório é baseado em respostas de pesquisa de profissionais de marketing que gerenciam orçamentos de marketing de US$ 1 milhão ou mais; que trabalham em uma variedade de setores (automotivo, serviços financeiros, FMCG, tecnologia, saúde, farmacêutico, viagens, turismo e varejo); e cujo foco se refere a estratégias de mídia, tecnologia e medição.

    Faça o download do relatório anual aqui para saber mais.

    Publicidade em Realidade Aumentada: Perspectivas de crescimento e impacto na publicidade móvel

    Expectativas de receitas de publicidade de RA triplicam até 2027, impulsionadas pela crescente adoção de smartphones compatíveis com RA e novas oportunidades de publicidade visual.

    O relatório de Março de 2023 da ARtillery Intelligence revela que existem 3,60 mil milhões de pessoas em todo o mundo com telemóveis capazes de fornecer AR, e 1,06 mil milhões delas já utilizam AR móvel. Além disso, a publicidade em RA gera receitas significativas. Dos US $ 18,67 bilhões em receitas de RA móvel em todo o mundo em 2023, a ARtillery Intelligence projeta que 18,8%, ou US $ 3,50 bilhões, virão de receitas de publicidade de RA, triplicando para cerca de US $ 10,74 bilhões em 2027. No entanto, o valor de 2023 representa apenas 0,7% das receitas de publicidade móvel global, de acordo com a previsão da ARtillery Intelligence.

    As lentes do Snapchat captam a maior fatia das receitas dos anúncios de RA móvel. Os 1,51 mil milhões de dólares do produto em 2023 mais do que duplicarão os 730 milhões de dólares do segundo classificado Meta provenientes de anúncios de RA móvel, de acordo com a ARtillery Intelligence. É provável que se registe um enorme aumento nas receitas de anúncios de pesquisa visual até 2027, representando mais de 5 mil milhões de dólares em receitas adicionais de anúncios de RA móvel.

    As despesas dos consumidores com a RA ainda são baixas, mas podem aumentar rapidamente. A maior parte dos gastos diretos do consumidor em RA agora está em jogos – principalmente Pokémon Go, que gerou US $ 1,3 bilhão em 2021 (o último valor do ano inteiro), de acordo com a Sensor Tower. Mas o Snapchat lançou um novo recurso em dezembro de 2022 que permite aos criadores ganhar dinheiro com as lentes do Snapchat, então isso pode mudar.

    A expansão dos códigos QR facilita o lançamento da RA. Prevemos que 94,1 milhões de utilizadores de smartphones irão digitalizar códigos QR nos EUA este ano, e os profissionais de marketing estão a utilizar este grande público para lançar experiências de AR a partir de outdoors, embalagens e anúncios impressos.

    Onde o volume é menos importante, podem aparecer novos formatos de anúncios de RA. As empresas de automóveis (por exemplo, BMW, Audi) e as marcas de óculos de esqui (por exemplo, Rekkie) já fornecem algumas informações básicas sobre velocidade, direcção e segurança projectadas no pára-brisas ou nas lentes. Poderão eventualmente servir aplicações e anúncios que gerem receitas.

    Apesar dos problemas do metaverso, a Big Tech ainda tem grandes esperanças nos dispositivos de RA.

    Em 2022, todas as atenções estavam viradas para o metaverso – especificamente uma versão do mesmo baseada na RV. O hype diminuiu, mas a Big Tech continua a investir em tecnologias imersivas, com várias empresas se concentrando mais em AR do que em VR.

    O futuro da AR pode girar em torno de novos dispositivos. Atualmente, a maior parte do envolvimento dos consumidores com a RA é feita através de smartphones, mas esta situação pode mudar com a chegada dos óculos inteligentes.

    A Meta domina atualmente os dispositivos compatíveis com RA. Meta Quest 2 e Meta Quest Pro são principalmente fones de ouvido VR, mas criam experiências de RA por meio de câmeras na frente do fone de ouvido. No quarto trimestre de 2022, os dispositivos Quest da Meta capturaram mais de 80% do mercado global de dispositivos XR, de acordo com a Counterpoint Technology Market Research. A Meta também lançou um conjunto de óculos com conectividade básica – o Ray-Ban Stories.

    Uma vaga de novos dispositivos XR dá uma ideia do que a RA avançada poderá oferecer. À medida que as empresas trabalham para reduzir a tecnologia de projeção e criar óculos inteligentes leves, estão a fornecer uma tecnologia provisória, acrescentando funcionalidades de RA aos auscultadores de RV. A maior parte destes auscultadores XR, incluindo o Vive XR Elite da HTC e o futuro auscultador da Apple, são caros e parecem mais orientados para um público empresarial ou de programadores.

    O verdadeiro objetivo são os óculos inteligentes leves. Já existem os primeiros óculos inteligentes, como os criados pela Lumus, Vuzix, TCL e tooz – mas são sobretudo conceitos. O verdadeiro ponto de viragem serão os óculos que podem projetar e interpretar uma gama completa de informações num formato leve e acessível. A Apple, a Meta, a Google, o Snapchat e outras empresas estão a trabalhar nesse sentido, mas parece improvável que alguma delas chegue ao mercado antes de 2026.

    O que é que isto significa para os profissionais de marketing?

    A AR já é uma oportunidade viável de marketing, CX e retalho. Prevemos que este ano haverá 90 milhões de utilizadores de AR nos EUA, com mais de 40 milhões a utilizá-la para fazer compras. Já não se trata de uma ferramenta de nicho.

    As ferramentas de publicidade em RA já provaram o seu valor. As plataformas de RA já geram 3,50 mil milhões de dólares por ano com anúncios de RA móvel, de acordo com a ARtillery Intelligence.

    A AR nas redes sociais é onde está a ação. De acordo com a nossa previsão, mais de 70% dos utilizadores de RA nos EUA irão utilizá-la nas redes sociais em 2023. Cerca de dois terços dos usuários do Snapchat já usam recursos de RA, de acordo com a Snap Inc., e a empresa anunciou em dezembro de 2022 que mais de 300.000 criadores fizeram lentes de RA na plataforma. O Snapchat também tem formatos vibrantes de anúncios de RA com grande aceitação pelas marcas.

    Os códigos QR podem lançar novas experiências de RA. Um código num cartaz, numa embalagem, num postal ou numa montra de uma loja pode proporcionar uma experiência de RA à distância de um clique. A Toyota, por exemplo, utilizou um código QR em anúncios digitais fora de casa para lançar uma renderização 3D intercativa baseada na Web do seu novo sedan Crown.

    Burger King no Reino Unido lançou uma campanha publicitária que usa um QR Code em uma placa digital para guiar os clientes ao restaurante mais próximo, através de realidade aumentada com a ajuda de um filtro do Instagram.

    O afluxo de investimento em IA generativa deverá melhorar a RA. Os modelos de IA de imagem para texto melhorarão a pesquisa visual e os modelos de imagem generativos tornarão mais realistas funcionalidades como lentes e filtros de experimentação. Também facilitarão a criação de modelos 3D de produtos do mundo real.

    Mas podem atrasar o desenvolvimento de óculos inteligentes. À medida que o dinheiro flui para a IA generativa, empresas como a Meta, a Google e a Apple podem abrandar o desenvolvimento de dispositivos relacionados com o metaverso. De momento, os profissionais de marketing devem concentrar-se na AR móvel.

    Os desafios do CEO na era das policrises e da transformação digital

    Em artigo para a revista Exame CEO, nosso CEO e fundador Marcelo Tripoli comentou refletiu sobre os desafios que os diretores executivos enfrentam no mundo dos negócios atual. O CEO deve navegar por múltiplas crises que ocorrem simultaneamente, como mudanças climáticas, geopolítica e economia. 

    Além disso, métodos tradicionais de marketing não são mais eficazes, já que o comportamento do consumidor digital e móvel destrói a capacidade dessas ferramentas de marketing. 

    A convergência entre marketing e tecnologia trouxe novos obstáculos, como a falta de linearidade na jornada do consumidor e o isolamento de dados, criando incertezas para os executivos. No entanto, investir em martech, análise e operações se tornaram essencial para as empresas prosperarem. 

    O artigo conclui que para alcançar a transformação, os CEOs devem medir a eficiência de seus investimentos em marketing e focar em duas variáveis: adequação do produto ao mercado e impacto na demanda. Ao fazer isso, eles podem construir uma estratégia de marketing sólida, combinando diferentes tecnologias e abordagens, para prever os resultados de seus investimentos.

    Confira o artigo completo aqui.

    CEO do GitHub desenvolve jogo em tempo recorde com ajuda de IA no Web Summit Rio

    Publicado originalmente no LinkedIn de Henrique Makauskas, Diretor de Tecnologia e co-fundador da Zmes

    Penúltimo dia do Web Summit Rio e IA continua na pauta de grande parte das palestras.

    E no Center Stage, maior palco do evento, o CEO do GitHub, Thomas Dohmke fez uma das melhores palestras do dia. Deixou o microfone de lado e abriu seu notebook para desenvolver uma aplicação em menos de 20 minutos, ao vivo, na frente de centenas de pessoas. Mas ele não estava sozinho, usando uma ferramenta chamada Copilot X plugada no seu editor de código, ele fazia perguntas para a IA de como criar o famoso jogo da cobrinha que muitos já jogaram no celular. E a cada pergunta no chat na lateral do seu editor ia mostrando quais códigos ele deveria usar e uma explicação para cada trecho e assim ele foi do básico a um jogo completo.

    Uma nova era no desenvolvimento de software começou, e deve aumentar consideravelmente a produtividade do setor.

    Outra trilha interessante que aconteceu ontem foi a de SaaS (Software as a service). 

    Você sabe quantos SaaS sua empresa tem atualmente? Provavelmente dezenas e alguns casos chegam a ser centenas de sistemas rodando e é comum ter muita ineficiência, redundância e desperdício de dinheiro por diversos motivos. Então uma primeira simples dica é: tenha responsáveis por essas plataformas e busque otimizá-las ao longo do tempo.

    E entre algumas tendências sobre setor comentado pela Bianca Martinelli da Alexia Ventures gostaria de destacar duas:
    – Verticalização dos sistemas
    – Ferramentas de no-code e low-code

    Sobre o primeiro tema, a verticalização dos sistemas visa resolverem dores não mais apenas por área funcional como Marketing, CRM, Contabilidade, entre outros, mas também adicionando o componente indústria no meio. Um sistema de CRM pensando para a indústria de varejo de moda pode entregar mais valor e ser mais simples de implementar e manter no dia a dia do que algo que foi pensado de forma mais genérica.

    Já sobre no-code e low-code, vemos uma relação à democratização da tecnologia, cada vez mais temos sistemas que ajudam a automatizar tarefas simples e usar o pode tecnologia fora de times de TI. Esse novo nicho de SaaS está crescendo bastante e pode aumentar a produtividade de muitos times e tirar ideias do papel que antes só eram possíveis adicionando no backlog do time de desenvolvedores.

    Talvez seja a hora de revistar seus sistemas (SaaS) e entender se você está com o portifólio certo e não deixando nenhuma oportunidade na mesa.

    É isso! E vamos para o último dia de Web Summit Rio.

    Destaques do 3º dia do WebSummit: Proteção de dados pessoais e aceleração na criação de software através da IA

    Publicado originalmente no LinkedIn de Filipe Ferminiano, Diretor de Growth da Zmes

    Resumo e alguns destaques do meu 3º dia de WebSummit Rio:


    1. Proteção de dados pessoais (Jeff Shiner,Brittany Kaiser): Cada vez mais temos vistos falhas na segurança de dados em diversas indústrias que vazam dados pessoais. Não fomos feitos para lembrar de coisas como senhas fortes. Mais de 80% dos vazamentos de dados envolvem credenciais roubadas e, na maioria das vezes, isso se deve à reutilização de senhas. Para resolver esse problemas, vi avanços em 2 direções: novas tecnologias e melhores proteções jurídicas.


    (i) Novas tecnologias para substituir as senhas: Pensando em como remover a necessidade de se lembrar senhas, estão sendo criados testes com mecânicas alternativas (p.ex.: pass Keys através de dados biométricos). Hoje com o Gmail, você faz o login, fornece seu nome de usuário e senha e, muitas vezes, até um segundo fator, através do celular. No cenário com pass keys, ao acessar o Gmail, você verá uma solicitação de pass key que diz para usar a biometria do seu dispositivo para fazer login provando que você é você mesmo. E, a partir daí, dados são armazenados localmente no dispositivo de biometria e nunca chegarão ao Google. 


    (ii) Novas proteções jurídicas: Tratar dados como uma propriedade do indivíduo pode dar mais proteção aos consumidores, como ativos intangíveis pessoais. Dando responsabilidade fiduciária ás empresas, em que elas são custodiantes temporárias dessa propriedade. Alguns casos nos EUA já estão utilizando essa mecânica como argumentos legais.


    2. Outro ponto que me chamou muita atenção, foi a aceleração da produtividade no desenvolvimento de software que a IA gerou no último ano (nesse caso, através da ferramenta Copilot do Github, Thomas Dohmke). Um exemplo prático foi a criação de um jogo em 10 minutos através de perguntas simples para o Copilot. Fiquei impressionado com esse avanço e realmente acredito que estamos diante de uma nova revolução de IA que será o alicerce de novas ideias para os próximos 10 anos.

    Ansioso para o último dia do evento!

    Web Summit Rio 2023: os impactos da IA e da omnichannel nos negócios e carreiras

    Publicado originalmente no LinkedIn de Henrique Makauskas, Diretor de Tecnologia e co-fundador da Zmes

    Ontem, 02/05, marcou o início oficial do Web Summit Rio, a primeira edição realizada na América do Sul, e como esperado o assunto mais comentado foi IA e os impactos nos negócios e nas carreiras.  

    Diferente dos hypes anteriores como Metaverso, NFT, Crypto que ainda buscam expandir seus casos de uso e gerar impacto imediato, IA Generativa como ChatGPT é uma realidade para o agora. E uma grande preocupação foi como utilizar essa nova tecnologia de forma sustentável, assim, Chelsea Manning, consultora de segurança da Nym defendeu a relevância da privacidade na IA e a necessidade de manter um equilíbrio saudável para que a inovação aconteça. 

    Muito se falou também na transformação nas carreiras atuais e o impacto na vida de cada um, isso apareceu em vários fóruns de discussão e palestras. E a famosa pergunta que tenho escutado bastante no setor de Marketing e Tecnologia: AI/ChatGTP vai substituir meu emprego? O consenso para a resposta é não, mas pessoas que souberem extrair valor dessas novas ferramentas vão. Então é hora de correr atrás e aprender como aplicar isso no seu negócio.  

    E por fim, entre vários outros assuntos abordados, um que estava lotado com pessoas sentado pelo chão dos corredores do palco PandaConf com o tema:  Digital marketing: How to win in an omnichannel race com Neil Patel chamou minha atenção. Para alguns parece um assunto “velho”, mas a realidade é que poucas empresas ainda jogam esse jogo da maneira certa. E alguns números apresentados reforçam a importância do tema: 

    – 90% dos consumidores usam múltiplos dispositivos para completar uma tarefa, como procurar produtos ou realizarem uma compra. 

    – Uma pesquisa do HubSpot mostrou que na média um consumidor vai levar 13 dias de pesquisa e passar por múltiplos pontos de contato com a marca antes de realizar uma compra.  

    – Mais de 80% das pessoas declararam em uma pesquisa da Opnionbox que pesquisam o preço online e depois compra na loja física e provam o produto nas lojas antes de comprar online. 

    Neil comentou que vários negócios têm vistos aumento do LTV em clientes que utilizam mais de um canal e se torna omni e também aumento de +10% na taxa de conversão. E fechou a palestra com a frase: “Omini-channel não é mais uma buzzword, é uma necessidade”. 

    Em resumo, o evento está proporcionando não só a oportunidade de se atualizar sobre as últimas tendências, mas também de fazer networking e trocar ideias com outros participantes. Sem dúvida, o Web Summit Rio mal começou e se estabeleceu como um dos mais importantes do calendário de inovação e tecnologia da América do Sul. Amanhã conto para vocês mais sobre o que vi nas palestras de hoje! 

    Discussões promissoras no Web Summit Rio 2023: crescimento, disrupção e eficiência.

    Gabriel Vasquez, sócio da Partner Andreessen Horowitz, e André Miceli, Editor-in-chief & CEO MIT Technology Review Brasil, dividindo o palco na palestra Tendências de Tecnologia: de A a Z.

    Publicado originalmente no LinkedIn de Filipe Ferminiano, Diretor de Growth da Zmes

    As discussões de ontem no Web Summit Rio foi incrível! Fiquei muito feliz por estar cercado de pessoas com a mesma mentalidade e com tanto conteúdo relevante para os dias atuais.

    Algumas das principais discussões nas sessões de ontem foram: 
    1. Oportunidades de crescimento no Brasil com fundos de VC em indústrias necessitanto de disrupção : na indústria da saúde apenas 25% da população tem um seguro privado e isso pode ser uma grande oportunidade não apenas para obter um serviço melhor, mas também para alinhar os incentivos, pois, normalmente, no setor de saúde, a pessoa que recebe o atendimento não é a mesma que paga, o seguro é quem paga. Portanto, se você alinhar os incentivos entre players de mercado, essa pode ser uma grande oportunidade. A taxa de crescimento das despesas com saúde na América Latina é exponencial (Gabriel VasquezAndré L. Miceli)
    2. Como a Web 3 pode disruptar o que conhecemos : um dos pontos discutidos foi é a influência que a Web 3 pode ter no mercado de capital de dívida, através da tokenização de ativos. (Edith Yeung, Eric A., Renata Quintini)
    3. De que maneira a IA generativa está tornando a vida as jornadas do consumidor mais eficientes através da geração automática de ativos como imagens e textos e quais caminhos as marcas devem usufruir da multicanalidade para otimizar seus investimentos de topo e final de funil (Daniela Braga, PhDFernando Machado)

    Mas a melhor parte do dia tenha sido a oportunidade de me conectar com outros participantes e trocar ideias. As oportunidades de networking no Web Summit Rio 2023 são realmente inigualáveis. Mal posso esperar para as discussões dos próximos dias

    Crescimento da Realidade Aumentada impulsionado pelas redes sociais e smartphones

    Realidade Aumentada é comparável a outros meios de comunicação importantes em termos de utilização e pode ter seu crescimento impulsionado com a adoção de óculos inteligentes.

    Enquanto os fabricantes de dispositivos lutam para encontrar audiências em massa para os auscultadores de Realidade Virtual (RV) e de Realidade Estendida (ou XR, do inglês Extended Reality), a Realidade Aumentada (RA) continua a crescer rapidamente, sobretudo através dos smartphones. As empresas de tecnologia ainda esperam introduzir óculos inteligentes leves com funcionalidades de RA dentro de alguns anos, mas as redes sociais, os retalhistas e os criadores de jogos continuam a impulsionar a inovação, entretanto.

    Questão-chave: Qual é a dimensão do público potencial para aplicações e publicidade em AR?

    Mas primeiro, vamos as definições

    Realidade Aumentada, ou então RA : permite que um utilizador interaja com objetos virtuais e outros tipos de informação digital sobrepostos no mundo real. Exemplos de RA incluem filtros de vídeos e fotografias (p. ex., Snapchat Lenses), jogos (p. ex., Pokémon Go), compras (p. ex., Ikea Place, Sephora Virtual Artist), navegação (p. ex., através de ecrãs de cabeça) e formação através de auscultadores (p. ex., HoloAnatomy).

    Realidade Virtual, ou então RV:  Mergulha o utilizador num ambiente visual não fixo de 360 graus. Os utilizadores interagem com diferentes tipos de conteúdos multimídia através de televisores ligados, computadores de secretária/laptop, dispositivos móveis ou auscultadores. Exemplos de RV incluem fotografias e vídeos (por exemplo, Google Earth VR), jogos (por exemplo, Meta Horizon Worlds) e simulações virtuais (por exemplo, demonstrações de produtos, showrooms virtuais).

    Realidade Mista (RM) é um híbrido de RA e RV que permite ao utilizador manipular ou interagir com objetos virtuais num cenário físico.

    Realidade Estendida, ou então XR (do inglês Extended Realityé um termo genérico para RA, RM e RV e refere-se frequentemente a dispositivos que combinam os três. Os ecrãs dos auscultadores XR podem transmitir mundos virtuais e uma projeção “passthrough” do mundo físico com uma sobreposição de objetos digitais. A maioria dos headsets RV tem capacidade XR.

    Os óculos inteligentes são óculos conectados com a capacidade de projetar RA no campo de visão do utilizador. A RA é agora uma tendência dominante, mas ainda tem espaço para crescer.

    Enquanto muitas pessoas perseguiram sonhos metaversais vagos nos últimos dois anos, a RA continuou a ganhar utilizadores e tornou-se uma ferramenta viável para anunciantes, retalhistas e empresas. Mais de um quarto da população dos EUA utiliza atualmente a RA de alguma forma, graças à sua fácil acessibilidade nos smartphones.

    A RA é comparável a outros meios de comunicação importantes em termos de utilização. Com 90,0 milhões de utilizadores em 2023, a AR está mais ou menos ao mesmo nível que os wearables inteligentes (89,6 milhões de utilizadores) e as aplicações de saúde e fitness para smartphones (88,9 milhões). Os altifalantes inteligentes estão apenas um pouco à frente, com 105,5 milhões de utilizadores.

    A expansão da RA na internet pode levar a RA a novos campos. A grande maioria dos atuais utilizadores de RA utiliza-a principalmente através de aplicações. A expansão da RA na Web facilitará a utilização da RA na publicidade e em campos de venda a retalho menos frequentados.

    Os óculos inteligentes poderão impulsionar o crescimento dentro de alguns anos. Os desafios técnicos associados as telas miniaturizadas têm sido assustadoras. Mas a adoção em larga escala de óculos inteligentes poderá chegar no final do nosso período de previsão (que se estende até 2027) – e conduzirá provavelmente a novas utilizações e utilizadores.

    A adoção da RA por parte das grandes empresas tecnológicas assegura um crescimento contínuo. Os principais intervenientes criaram plataformas de desenvolvimento para efeitos de RA, incluindo ferramentas avançadas da Apple (ARKit), Google (ARCore), redes sociais e motores de jogos como o Niantic, Unity e Unreal Engine.

    As redes sociais podem ser responsabilizadas por levar a RA às massas.

    Mais de dois terços dos utilizadores de RA experimentaram-na nas redes sociais em 2022, e essa percentagem aproximar-se-á dos três quartos em 2027. As redes sociais também tornam a RA acessível aos programadores e às marcas através das suas plataformas de programadores amplamente utilizadas.

    O crescimento dos utilizadores de RA nas redes sociais continua a ser superior a 11%. As plataformas sociais continuam a incentivar os utilizadores a experimentar funcionalidades de RA, como lentes e experimentações. O crescimento dos utilizadores de RA nas redes sociais ultrapassará o crescimento dos utilizadores de RA em geral até ao final do nosso período de previsão.

    A utilização da RA nas redes sociais é intensa. Aproximadamente 2 em cada 3 utilizadores do Snapchat utilizam a RA diariamente, de acordo com dados do quarto trimestre de 2022 da Snap Inc., e mais de 70% dos novos utilizadores do Snapchat brincam com a RA no seu primeiro dia de utilização da aplicação.

    As empresas de redes sociais vêem a RA como o seu futuro. A maioria das grandes empresas declarou explicitamente o papel central que vêem para a RA, e várias criaram ferramentas de desenvolvimento de RA para marcas e criadores individuais.

    A Meta fala frequentemente de RV nas suas apresentações sobre o metaverso, mas a empresa também investiu fortemente em RA, com várias iterações de óculos inteligentes em desenvolvimento e auscultadores XR com capacidades de RA já no mercado. A Meta também oferece uma plataforma de desenvolvimento de RA, o Spark AR Studio.

    O Snapchat tem um Lens Studio bem estabelecido para criar efeitos de RA para a plataforma. A empresa também oferece agora as suas ferramentas de RA aos retalhistas através dos RA Enterprise Services.

    O TikTok é relativamente novo na RA, mas lançou uma versão beta do Effect House, a sua plataforma para criar efeitos de RA, em Abril de 2022. O gigante social está constantemente adicionando novos recursos – como o Branded Effects, que permite que as marcas trabalhem com criadores em efeitos de RA personalizados.

    Os jogos de realidade aumentada e as redes sociais vão ficar mais interligados. O Pokémon Go introduziu a RA a muitos dos que experimentaram o jogo em 2016. 

    Segundo a Sensor Tower, continua a gerar centenas de milhões de dólares por ano para a Niantic – que em Maio de 2022 anunciou o Campfire a sua rede social para os jogadores dos seus jogos de RA. O Snapchat e o Instagram também têm jogos de RA nos seus ecossistemas, e o lançamento limitado de minijogos do TikTok poderá evoluir para jogos de RA mais sofisticados.

    Cerca de metade dos utilizadores de Realidade Aumentada utilizam-na para fazer compras.

    Muitos consumidores experimentaram a RA pela primeira vez através das primeiras aplicações de compras, como a aplicação Catalogue da Ikea, que introduziu funcionalidades de RA em 2013. Este ano, 41,9 milhões de pessoas nos EUA utilizarão a RA para fazer compras, de acordo com a nossa previsão.

    As compras com RA estão a crescer a uma taxa superior ao dobro da taxa de utilização da RA em geral. E isso não é apenas hoje – esperamos um crescimento de dois dígitos até 2025.

    O crescimento dos compradores de RA ultrapassa o de outras categorias de retalho de destaque. Em 2019, 18,9 milhões de pessoas usaram a RA no varejo. O número deste ano é mais do que o dobro (aumento de 121,7%), superando outras estrelas do comércio digital, como aplicativos de supermercado para smartphones (crescimento de 93,4% nos usuários no mesmo período), pagamentos móveis de proximidade (70,5%) e códigos QR (73,0%). (Para ser justo, os dois últimos começaram com uma base mais elevada).

    A RA social e a RA de varejo são complementares. A maioria das plataformas sociais tem integrações de compras que aplicam a RA para reduzir a incerteza e aumentar as conversões.

    O Snapchat tem uma variedade de funcionalidades de experimentação virtual para sapatos, óculos, maquilhagem e acessórios. As marcas têm-se juntado para adicionar produtos com estas funcionalidades. A plataforma serviu mais de 5 mil milhões das suas lentes de compras durante um período de 14 meses até fevereiro de 2022, de acordo com dados internos da Snap Inc., e a empresa lançou recentemente a tecnologia como um produto empresarial para os retalhistas utilizarem nas suas próprias aplicações.

    O Pinterest tem funcionalidades de experimentação para decoração de interiores e maquilhagem.

    O Instagram também tem recursos de experimentação e, no final de 2022, a plataforma adicionou formatos de anúncio com efeitos de RA – como experimentação e visualizações de móveis – como opções para anúncios de feed e histórias.

    O TikTok tem ferramentas de desenvolvimento de experimentação na sua plataforma Effect House.

    A Amazon e a Google estão a tentar recuperar o atraso. Não são recém-chegados às funcionalidades de RA, mas são seguidores no que diz respeito aos efeitos de experimentação. A Google introduziu funcionalidades de experimentação de maquilhagem em 2020 e continua a adicionar opções. A Amazon ofereceu pré-visualizações de produtos de RA já em 2017, mas só introduziu funcionalidades de experimentação para óculos (em parceria com o Snapchat) e sapatos em 2022.

    A pesquisa visual utiliza tecnologia relacionada com a RA e está a ganhar força.

    A pesquisa visual não está incluída na nossa definição de RA, mas, nalguns casos, pode ser vista como uma variante. E é cada vez mais comum à medida que as ferramentas se tornam mais precisas, mais numerosas e mais ligadas a casos de utilização claros.

    Em quase três anos, a utilização da pesquisa visual mais do que duplicou. A parcela de adultos americanos que usam regularmente a pesquisa visual saltou de 3,8% para 8,2% entre abril de 2020 e fevereiro de 2023, de acordo com nossa pesquisa de comércio eletrônico com Bizrate Insights. Além disso, outros 15.5% dos entrevistados usam a pesquisa visual esporadicamente e 41.9% não a usaram, mas estariam interessados em experimentá-la.

    Se uma grande empresa tecnológica promove as compras, é provável que tenha pesquisa visual. A Meta é uma excepção; a empresa possui uma forte tecnologia de RA e aplica a pesquisa de imagens nas suas plataformas, mas não lançou uma ferramenta de pesquisa visual. A maioria dos outros intervenientes já o fez; os seus incluem:

    Google Lens: A mais geral e também a mais utilizada, tem agora 10 mil milhões de pesquisas visuais por mês, de acordo com a Google, contra 8 mil milhões em Maio de 2022.

    Lente do Pinterest: Uma das primeiras ferramentas de pesquisa visual, pode identificar todos os tipos de produtos, desde ingredientes a roupas e decoração de casa, com a opção de comprar os resultados.

    Snapchat Scan: Tal como o Pinterest Lens, destaca a câmara como um dos principais elementos. Os utilizadores podem digitalizar para encontrar a lente certa ou para se ligarem a lentes utilitárias com pesquisa visual especializada, como um identificador de vinho ou de plantas.

    Pesquisa de câmaras da Amazon: A Amazon foi pioneira na pesquisa visual em 2014 com seu Firefly defeituoso, mas agora tem uma ferramenta mais direcionada em seu aplicativo que serve como um identificador de produto.

    Walmart TrendGetter: Esta é outra ferramenta para identificar e comprar produtos e estilos. Foi lançado no final de 2022 e é um trabalho em andamento.

    Visual Look Up da Apple: Este motor de pesquisa geral está disponível em iPhones e iPads seleccionados a partir do iOS 15 e iPadOS 15.1, respectivamente.

    Com a evolução da tecnologia de inteligência artificial generativa, a pesquisa visual tem um grande potencial para se tornar ainda mais eficaz e relevante no âmbito da publicidade e da experiência do cliente. A capacidade de gerar imagens realistas e personalizadas permitirá às empresas atender às necessidades específicas de seus clientes de forma mais eficiente, o que, por sua vez, poderá levar a um maior engajamento e fidelização dos clientes. A pesquisa visual continuará a evoluir e a se adaptar às necessidades em constante mudança dos consumidores, e as empresas que estiverem dispostas a investir em tecnologias avançadas de IA certamente terão uma vantagem competitiva significativa.

    A importância da preparação, resiliência e ousadia nos negócios

    Muitas vezes, as soluções mais óbvias para os problemas de uma empresa são negligenciadas por seus líderes e funcionários, resultando em erros e prejuízos desnecessários. Embora possa parecer um clichê, a verdade é que as empresas são formadas por pessoas, e são essas pessoas que tomam as decisões que podem fazer ou quebrar um negócio.

    Um exemplo de como a falta de preparação e ousadia pode resultar em falhas pode ser visto na história da Kodak, uma vez líder do mercado de câmeras fotográficas, que perdeu sua posição para empresas como a Sony e a Canon devido à falta de adaptação às mudanças no mercado. A Kodak tinha a tecnologia necessária para desenvolver câmeras digitais, mas não foi capaz de se adaptar à nova realidade e perdeu sua posição de liderança.

    Por outro lado, a história da Nike e da parceria com Michael Jordan é um exemplo inspirador de como a preparação, resiliência e ousadia podem levar a uma empresa a um sucesso imenso. A Nike nem Jordan, tinham o reconhecimento que tem hoje quando o jogador foi escolhido como seu garoto-propaganda, mas a empresa viu o potencial nele como um novato em ascensão na NBA. Eles fizeram uma aposta ousada e investiram pesadamente em sua marca, desenvolvendo uma linha de produtos com seu nome.

    No entanto, o sucesso da Nike não foi construído em um dia. Eles tiveram que superar muitos desafios ao longo do caminho, como a falta de fundos e a resistência inicial de Jordan em trabalhar com a empresa. Mas com perseverança, a Nike conseguiu convencer Jordan a se juntar à marca, e o resto é história.

    Isso mostra que para ter sucesso nos negócios, é necessário não apenas estar preparado para as oportunidades que surgem, mas também ser corajoso o suficiente para agarrá-las quando aparecerem. E, claro, é importante estar disposto a se adaptar às mudanças no mercado e a tomar decisões difíceis quando necessário.

    Podemos aprender muito com as histórias de empresas reais e suas jornadas no mundo dos negócios. As conquistas alcançadas por meio da preparação, resiliência e coragem são exemplos inspiradores para todos aqueles que desejam ter sucesso em suas empreitadas. E não há melhor maneira de se inspirar do que através de filmes que retratam essas histórias. Confira a seguir uma lista com 5 filmes que indicamos sobre o assunto e lembre-se, a sorte não é apenas uma questão de destino, é o resultado de muita dedicação e perseverança.

    Disponível nos cinemas e em breve no Amazon Prime Video

    Dirigido por Ben Affleck, o filme retrata a parceria entre o jogador norte-americano, Michael Jordan, e o departamento de basquete da Nike, que resultou na marca Air Jordan. A história mostra a aposta arriscada que mudou o rumo da empresa, a visão da mãe de Jordan e a ascensão do maior jogador de basquete de todos os tempos.

    Joy: O nome do sucesso

    Disponível no Disney+ , Star+ e AppleTV

    “Joy” é um filme inspirador que retrata a história de uma mulher resiliente que enfrenta desafios pessoais e profissionais. Ao inventar o Miracle Mop, Joy vê sua vida mudar completamente, de uma mãe divorciada e com dificuldades financeiras para uma empreendedora bem-sucedida. No entanto, o caminho para o sucesso não foi fácil, e ela teve que enfrentar muitos obstáculos para produzir e vender sua ideia. 

    The Pixar Story

    Disponível no Disney+

    O documentário narra a história da Pixar Animation Studio, desde sua fundação até os desafios enfrentados pelo estúdio quando esteve à beira da falência nos anos 80, devido à escassez de recursos. Além disso ele mergulha na pressão enfrentada pelos diretores durante o processo de conclusão de uma animação para seu lançamento no mercado cinematográfico.

    Tetris

    Disponível no AppleTV

    Antes de se tornar um dos jogos mais populares do mundo, Tetris teve uma jornada extraordinária. O desenvolvedor de jogos holandês, Henk Rogers, descobriu o jogo do programador russo Alexey Pajitnov nos anos 80, quando a Cortina de Ferro da URSS estava prestes a cair. Rogers adquiriu a licença do Tetris com o objetivo de comercializá-lo globalmente em consoles de videogame, mas enfrentou desafios legais, corrupção e até negociações com o serviço secreto russo KGB. O filme retrata a batalha legal de Rogers em meio a várias reivindicações sobre o jogo.

    Girlboss

    Disponível no Netflix

    A história da série Girlboss, produzida pela Netflix é baseada em eventos reais e segue a jornada da protagonista Sophia (interpretada por Britt Robertson), que começa vendendo roupas usadas no eBay e acaba criando um império da moda online chamado Nasty Gal.A série se passa na década de 2000 e mostra a evolução da personagem Sophia como empreendedora, enquanto lida com desafios pessoais e profissionais ao longo do caminho em sua jornada empreendedora, como falta de dinheiro, problemas com fornecedores, concorrência e dificuldades em administrar a empresa. Ela precisa ser criativa e pensar fora da caixa para superar esses obstáculos e fazer a Nasty Gal crescer.


    Inteligência artificial e a indústria de publicação digital: oportunidades e desafios

    Nos últimos tempos, muito se tem falado sobre as possíveis consequências da Inteligência Artificial (IA), especialmente desde a explosão do ChatGPT neste ano. Uma das indústrias que mais tem sido vista como potencialmente afetada negativamente pela tecnologia é a de publicação digital, que está em constante evolução. Editores como BuzzFeed, BridgeTower Media, Forbes, Ingenio e Trusted Media Brands já estão experimentando a IA e lançando forças-tarefa para testar a tecnologia.

    A BridgeTower Media destaca a capacidade da IA de melhorar a otimização de mecanismos de pesquisa e produzir uma qualidade mais alta em menos tempo. No entanto, é importante lembrar que o uso da IA na publicação digital precisa ser abordado com cautela e pode ser delicado. Empresas como CNET e BuzzFeed já experimentaram o uso da IA, com resultados mistos. Ainda assim, a Associated Press e a CNBC estão entre aquelas que já usaram IA para relatar rapidamente relatórios trimestrais de ganhos ou notícias de última hora.

    Os editores estão criando grupos de trabalho compostos por funcionários de vários departamentos para testar e criar diretrizes em torno do uso da IA, enquanto identificam possíveis produtos de IA para desenvolver. A ética, qualidade e segurança em torno do uso da IA também estão sendo investigadas. À medida que a indústria de publicação digital continua a se adaptar às mudanças tecnológicas, é provável que a IA desempenhe um papel cada vez mais importante e influente.

    Além disso, as inovações em inteligência artificial também têm o potencial de mudar o cenário do marketing. Embora não seja provável que a tecnologia vire a indústria da Big Tech de cabeça para baixo, é possível que vejamos uma corrida entre os principais players do mercado para determinar qual conjunto de ferramentas de IA se tornará comum entre os profissionais de marketing. Abaixo estão cinco gráficos que mostram o estado atual da inteligência artificial generativa no marketing.

    1. Bing da Microsoft e Bard do Google: batalha pela busca impulsionada por IA

    A Microsoft, através do Bing, e o Google, com o Bard, estão em uma competição acirrada pela liderança na busca impulsionada por inteligência artificial. Nesse processo, ambas as empresas estão priorizando a velocidade em detrimento da precisão. Embora a Microsoft tenha tido uma vantagem inicial, o Google parece estar à frente, já que a plataforma representará mais da metade (53,9%) da receita de anúncios de busca nos EUA este ano, em comparação com apenas 5,2% da Microsoft, conforme nossas previsões. Independentemente do vencedor dessa batalha de xadrez, tanto os editores quanto os anunciantes podem enfrentar dificuldades se a busca baseada em chatbots substituir a visita direta aos sites.

    2. Os consumidores estão prontos para a busca por IA 

    Apesar de haver um interesse considerável (49%) dos adultos americanos na busca impulsionada por IA, de acordo com a Morning Consult, uma pesquisa da Ipsos revelou que cerca de 31% dos adultos americanos não confiam nos resultados fornecidos por essa tecnologia. Esse dado destaca a importância de empresas como a Microsoft e o Google em equilibrar a velocidade e a precisão em suas plataformas de busca, a fim de conquistar a confiança do público.

    3. Preocupações dos consumidores em relação à escrita de conteúdo por IA

    Segundo a Ipsos, líder global em pesquisa de mercado, cerca de 3 em cada 5 adultos americanos acreditam que a inteligência artificial generativa pode ser útil para economizar tempo e recursos no trabalho. Diante disso, os profissionais de marketing têm a oportunidade de utilizar essa tecnologia para brainstorming, criação de rascunhos iniciais e produção de descrições de produtos em grande escala. No entanto, é importante ter cautela ao atribuir a inteligência artificial generativa um papel no atendimento ao cliente, já que 47% dos adultos americanos não acreditam que a IA possa superar o trabalho humano.

    4. Investimentos em inteligência artificial generativa aumentam significativamente em três anos

    Nos últimos anos, houve uma explosão no financiamento para tecnologia de inteligência artificial. Há apenas três anos, os capitalistas de risco dos EUA investiram modestos US$200 milhões nessa área, mas no ano passado esse valor cresceu para US$1,4 bilhão, conforme relata a PitchBook. Entre os projetos que têm recebido destaque estão o ChatGPT, o Dall-E, o Midjourney e o Jasper. Muitos desses sistemas estão se unindo a empresas da Big Tech, o que sugere que a inteligência artificial generativa provavelmente se tornará mais prevalente no próximo ano, especialmente na área de marketing.

    5. Profissionais de tecnologia dos EUA planejam aumentar investimentos em IA apesar da crise econômica

    Cerca de 63% dos profissionais de tecnologia dos EUA planejam aumentar ou manter os gastos com IA devido às condições econômicas atuais, de acordo com a Verta. Apesar das demissões e da queda nos gastos com anúncios, os profissionais de tecnologia podem estar se concentrando no potencial de economia de dinheiro do aumento da automação em vez dos custos a curto prazo. A inteligência artificial pode ajudar as empresas a automatizar tarefas e processos repetitivos, além de melhorar a eficiência e a precisão em várias áreas, desde a análise de dados até o atendimento ao cliente. Além disso, o aumento do investimento em IA pode levar a um maior desenvolvimento e inovação na área, o que pode trazer benefícios a longo prazo para as empresas que adotam essa tecnologia.

    Tendências de consumo da Geração Z

    A geração Z – composta por nascidos entre 1997 e 2012, e representante de cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo – está mudando a forma como fazem compras. Eles cresceram com a internet e tecnologia, o que significa que são mais propensos a se envolver com marcas online do que qualquer outra geração anterior. Isso também significa que eles são mais exigentes em relação à qualidade do conteúdo e expectativas de experiência.

    De acordo com pesquisas recentes do E- Marketer, 43% dos consumidores da geração Z começam suas buscas por produtos online no TikTok, em vez do Google ou de outros mecanismos de busca. Eles valorizam a autenticidade, transparência e a responsabilidade social, também preferem marcas que compartilham valores semelhantes aos seus, e são mais propensos a apoiar negócios que demonstram compromisso com questões sociais e ambientais.

    Além disso, a Gen Z é menos propensa a reduzir gastos em compras por impulso ou divertimento, saídas para jantar ou viagens de lazer, mesmo com os efeitos da inflação. Isso pode representar uma grande oportunidade para as marcas que procuram se conectar com essa geração mais jovem.

    Outra característica interessante dessa geração é que eles preferem marcas que se comunicam com eles de maneira personalizada e relevante, usando linguagem e imagens que ressoam com sua identidade cultural. Isso significa que as empresas precisam estar atentas às tendências e subculturas em constante mudança, além de investir em pesquisas de mercado e monitoramento de redes sociais.

    À medida que o TikTok continua a crescer em popularidade, é importante que as marcas e empresas considerem a plataforma como uma ferramenta de marketing eficaz para alcançar a geração Z. Com vídeos curtos e criativos, é possível apresentar produtos de uma maneira autêntica e envolvente para influenciar as decisões de compra dessa geração, e a boa notícia é que o tempo de tela do app de vídeos está crescendo mais rápido do que o esperado para os usuários adultos.

    E você, já está começando a criar conteúdos pensando na Gen Z?